Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.
24.11.25
Solidão ou solitude
Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.
22.11.25
Adoro a Ilha Porchat
São 16h09. E a tarde ainda é cedo.
Era o dia 03.12.2010 na praia, em frente à Ilha Porchat. Eu estava pensando em ir ver minha Mãe no então próximo aniversário dela (o que realmente fiz em 01.01.2011, a partir de quando fiquei 26 dias na casa Dela). Dê um click na imagem lá de cima para ver o texto todo e as outras fotos.
Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.
21.11.25
O pico de novo
Mas a maioria morre sem sequer conhecer o pico, e tem gente que chama de pico o que não passa do sopé de uma colinazinha ali na esquina...
O que proponho com minha concepção de amor pode parecer um absurdo, mas é assim que penso, realmente. A lembrança de um grande Amor é infinitamente melhor que o risco de vê-lo morto em meio ao tédio. Portanto, separem-se no pico.
Essa questão do Pico do Amor, e da melhor forma de deixá-lo ou não, é bastante complexa. Mas acho que a melhor solução é aquela dos alpinistas: Chegando lá no alto, no pico do K2, fincam uma bandeirinha, curtem seus momentos de glória, entram em transe... e descem para uma nova aventura, uma nova conquista. Depois, vão ao Everest, etc. Pode até ser que um dia voltem ao K2, quem sabe.
Mas, se ficarem lá para o resto da Vida, perde a graça...
Perde completamente a graça!
Eu acho.
Mas cada um é cada outro...
19.11.25
Deus é um escritor
Quando eu era bem criança, diziam-me que Deus escreve no livro da nossa vida todas as coisas que fazemos. Esse livro deve ser enorme, eu pensava. E o pior: no dia do Juízo Final tudo seria revelado. Nada seria mantido em segredo — nem mesmo aqueles pecados maravilhosos que cometíamos, eu e Marina, no escuro do meu quarto, de portas fechadas e respiração suspensa. Só não me disseram que as páginas desse livro estão guardadas em nosso próprio coração. E que o Deus que escreve nelas somos nós mesmos. E que nada vai se apagar porque a tinta é indelével: escrevemos com sangue.
Sorte que, com a ajuda de minha Vó Vitalina, descobri cedo, e fui concluindo pelo lado certo. Ou seja, a hipocrisia me jogaria no abismo do inferno — mas a espontaneidade me salva. Por isso é que eu digo: Deus vê tudo o que você faz, porque Deus está lá, onde está o teu coração. Se você agir certo, será recompensado por teus atos. Não é preciso contar pra ninguém: Deus está vendo tudo. Mas, se agir errado, se você for injusto, cruel, insensível, hipócrita, ciumento — o Deus que te habita vai te foder. Mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou de outro, Ele vai te foder! Desse Deus nada se oculta... Absolutamente nada.
Portanto, não adianta fazer nada escondido: Deus vê tudo. Essa é uma das metáforas mais criativas da mitologia cristã: Deus é Você, e nada do que faz pode ser feito sem que você mesmo saiba. E quem registra tudo no teu livro é você — que é Deus! Se contrariar a tua própria natureza, você mesmo é que vai registrar esse pecado no teu livro. Se disser uma mentira qualquer, não é preciso que os outros a descubram: — ela fica imediatamente registrada no teu próprio coração. E no inconsciente, é claro.
18.11.25
Razões para casar
Toda relação é restritiva — por definição. O que varia é o grau de restrição e os propósitos mútuos dos que se relacionam. Mesmo as relações comerciais são restritivas, posto que fundadas em mútuas concessões. Eu te dou um desconto — e você só compra de mim. No casamento ocorre a mesma coisa. Eu tolero a tua cerveja e o futebol, e você não reclama por me ver descabelada. Eu só transo com você, e você não sai com mais ninguém. Você me dá um desconto, que eu te pago à vista. E por aí vai.
É uma troca, simplesmente.
Também influem os objetivos imediatos ou remotos de cada um, além da sua (i)maturidade emocional. Emprego está difícil, vou me casar. Quero ter um filho, e preciso de alguém que o produza, eduque, ou sustente. Quero sair da casa dos meus pais. Quero morar com meu atual namorado ou namorada. Quero alguém para ser a projeção da minha mãe. Quero ajudar alguém. Quero que alguém me ajude. Quero ter a chance de exercer minhas ganas autoritárias. Quero constituir uma família. Quero ser respeitável. Quero voltar a ser santa. Quero uma empregada doméstica. Quero seguir a tradição. Enjoei do meu estado civil original. Quero reproduzir a relação dos meus pais, exatamente igual — ou corrigindo-a. Quero mudar de vida. Quero melhorar a vida. Estou apaixonada. Quero desperdiçar minha vida. Cansei de ser livre. Quero me regenerar. Quero fazer uma grande besteira. Quero fazer uma besteira monumental. Nosso casamento será diferente. Quero fazer amor todo dia. Quero ser feliz. Quero engordar. Quero deixar completamente sem graça a minha vida sexual... Etc.
Como se vê, razões para casar é o que não falta.
Porém, no casamento tradicional, há quase sempre um componente meio maldoso que, contraditoriamente, estraga muito a relação — exatamente para tentar mantê-la em pé: ou seja, o ciúme. Esse sentimento horroroso chamado ciúme. Mas aí já é outra história. /// No livro Solidão a Mil eu escrevo algo mais sobre essa minha tese.
Texto originalmente publicado em Abril de 2008 - Guarujá, quando eu estava reformatando meu quinto casamento. Em verdade, refinando a relação. Para que aquele amor não morresse no Pico. Como aliás não morreu, posto que cada um de nós prosseguiu, livremente, no seu respectivo e amoroso caminho florido.
16.11.25
Joyce Ann
Basicamente, ela chegou a essa conclusão porque, nesses trinta anos, nunca me viu triste. Nunca me viu brabo, nem ansioso, nem desesperado. Nunca me viu desequilibrado emocionalmente. Nunca me viu brigar com ninguém. Nunca me viu doente. Nunca me viu reclamar de coisa nenhuma.
Ao contrário:
Ela sempre me viu alegre, sorrindo, cordial, empático, simpático, compreensivo. Sensato. Bem-humorado. Racional. Carinhoso. Criativo. Solidário. E ainda comunista chinês...
Ou seja, comparativamente aos demais, eu não pareço ser humano... rs!
E estamos completando quase trinta anos de convivência extremamente harmoniosa. Intensa. Quatorze anos na mesma casa. Mais treze anos no mesmo prédio. E nos três últimos anos (quando ela engravidou da Lunna) a convivência é quase toda virtual, com conversas geralmente diárias... Longas. Gostosas. Alegres.
Nunca brigamos.
🩷
Vou pedir pra ela gravar um depoimento sobre isso.
Chegamos a trabalhar juntos, no total por mais de quinze anos, em quatro das empresas que abrimos:
A NorteSul, a PortoBelissimo, a Primeira Construtora e a Calçadas do Brasil. E ainda vamos abrir mais algumas.
🟩🟩🟩
E eu adoro que assim seja!
16.11.2025
Outras justificativas dela para ter chegado a essa conclusão podem ser vistas em:
🟩🟥🟩
Minha Mãe também pensava isso a meu respeito.
Mais detalhes em
***
15.11.25
Declaração de amor à Vida
Não jogo minha própria vida em troco de salário, prestígio, poder, posses, coisas, tranqueiras. Não permito que me roubem esse único presente que tenho — em troca de um futuro que nem sei se vai haver.
Faço só o que me dá prazer — e apenas pelo prazer. Sem nenhuma maldade. Sem dor, sem pressa, sem esforço desumano, sem mágoas, sem ciúmes, sem cansaço e sem pressões. Sem explorar quem quer que seja.
E isso não é um mero jogo de palavras: Eu sou assim.
Sou o dono do meu tempo.
Sou o diretor da minha Vida.
E não deixarei de amar os meus amores em nome de nada!
13.11.25
Duas ou três gotas de Champagne
Como em liturgia, sussurro uma breve oração poética, uma prece de amor, e teu instinto felino salta por sobre os meus propósitos. Nossas humanas emoções se instalam de repente, porque tua inocência é o maior afrodisíaco. O infinito brilho nos teus olhos me fascina — outra vez — e então concluo que viver não tem limite:
Sinto-me agora como se Deus derramasse mil flores recém-colhidas na minha cabeça.
Só me resta beijar tua clavícula, meu amor.
Tua clavícula..
11.11.25
A colonia penal
10.11.25
Restaurante Azul
9.11.25
Coração inocente

7.11.25
Onde estão aqueles sonhos todos ?!
JÁ ESTAMOS NO FIM DO ANO... E você continua aí, do mesmo jeito, andando pelas mesmas ruas, girando as mesmas chaves para abrir as mesmas portas? Sentado nas mesmas cadeiras, ao lado das mesmas mesas, fazendo sempre as mesmas coisas? Com os mesmos amigos, os mesmos amores, a mesma visão do mundo? Com os mesmos medos e preconceitos? Abraçando as mesmas pessoas, tocando os mesmos corpos, com o mesmo jeito, os mesmos toques, e o mesmo estilo? A mesma instável estabilidade? Repetindo a mesma angustiante rotina?
Onde está a coragem de mudar, a coragem de criar?
6.11.25
Psicoxadrez Emocional - minha ideia 1132
A imperturbabilidade da alma
é a primeira causa da Felicidade.
Cada sessão terá dois players ou mais, em torno de uma mesa, numa sala ou num palco, debatendo questões que os envolvam (ou não), quer sejam filosóficas, políticas, amorosas, comerciais ou familiares. O fulcro do projeto é debater os respectivos temas com o máximo possível de rigor intelectual, e, principalmente, com equilíbrio emocional. Aqueles que se desequilibrarem (além de uma certa pontuação pré-combinada) perdem o jogo, porém com a possibilidade de retomada futura, nas mesmas bases e com os mesmos temas e propósitos. Ou outros.
(...)
Será um jogo interativo, auto-incrementável, dinâmico, e que possa ser usado inclusive para tomada de decisões a respeito da própria vida, dos planos, dos negócios, das relações, dos caminhos a trilhar, etc.
Eu acho, modéstia exclusa, que esta é uma das minhas melhores ideias nos últimos dez dias. Ainda estou definindo as regras básicas. E os modos mais elegantes de eventualmente quebrá-las.
Edson. 10.01.21. 10h08.
4.11.25
Vó Vitalina

Ela me ensinou a pecar sem culpa — isso eu jamais esquecerei. Tinha um pé de café lá no fundo do quintal, ao lado de uma roseira, e eu ficava colhendo só os grãozinhos vermelhos, que eram doces. Havia também um velho torrador de manivela meio enferrujado, um fogão de lenha limpíssimo, e muitas histórias de amor. E uma ciência sutil que só as mulheres eleitas por Deus conseguem ter.
O processo todo das lições que ela me dava é muito longo — passa até por um despertador de alumínio Westclox, um Jesus de madeira brilhante, uma bicicletinha vermelha e várias tentações inocentes. Um dia desses vou descrevê-lo aqui.
Ela ainda assava queijo branco na palha de milho, todo dia, e me olhava com seus olhos de mistério. Mas, a imagem que mais me volta hoje à lembrança... é minha Vó Vitalina olhando o Botticelli pregado na parede da sala, e tomando café no bico do bule. Delicadamente — como se fizesse amor.
Vou agora fazer o meu.
Antes que a noite acabe e a lua se vá.
A propósito, veja AQUI algo sobre o maior amante do mundo.
2.11.25
Vida
Eu tenho uma compreensão absoluta desse fato inexorável que é a morte biológica das pessoas que eu amo. A primeira morte marcante de que agora me lembro é da minha Vó Vitalina. Depois, há mais de vinte anos, a de meu Pai. A mais recente (e certamente a mais marcante) foi a do meu irmão Paulo, na véspera do Natal de 2011. E a segunda mais recente, em 2010, a do meu amigo José Ângelo Gaiarsa. São essas as quatro mortes que poderiam me fazer chorar. E mesmo assim não fizeram. Porque, para mim, a morte biológica nada mais é que uma separação radical irremediável. Porém, como não tenho sentimento de posse sobre aquele que morre, não posso dizer que lhe sinto a falta. Não há luto na situação que me resta. E se algum dia eu chorar por alguém que morreu, será mais por lembrança daquilo de bom que algum dia fizemos, um para o outro.
1.11.25
Todos os Santos
E transando com a própria Vida — todo dia, o dia todo.
29.10.25
Os meus primeiros 1539 amores que deram certo.
Não conseguirão me arrastar!
28.10.25
Somos diferentes
26.10.25
Omelete na Casa Azul
24.10.25
Divórcio amoroso
No caso de uma eventual separação conjugal, e se existem filhos de pouca idade envolvidos no relacionamento em questão, maior ainda é a responsabilidade de se tomarem decisões racionais.
Racionais e, se possível, amorosas. Ou, pelo menos, compreensivas.
Amar é permitir sempre. Amar é deixar que o outro vá – ou que fique, se assim o desejar. Amar é ter um respeito absoluto pela própria liberdade e pela liberdade do outro. Amar é compreender sempre. E isso não significa apenas entendimento racional, vai além, muito além: Amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas. Mesmo que essas escolhas eventualmente me excluam.
23.10.25
Ontem eu salvei uma vida
Às vezes, salvar uma vida nos dá tanto prazer quanto ter um orgasmo. Por isso é que eu adoro salvar vidas — algumas, pequenas; outras, enormes. Houve até um dia em que salvei a vida de uma bela formiguinha. Mas, ontem à noite, salvei Tereza. Ela cometeu o desatino de aventurar-se num projeto muito arriscado. Em busca talvez de comida, e por imprudência, foi até onde não devia.
Eis como tudo aconteceu.
Era madrugada quando cheguei. Acendi a luz da cozinha e lá estava ela, no fundo da pia, tentando desesperadamente subir pela parede lisa e fria, inoxidável, da cuba de aço. Não tenho certeza se era mesmo Tereza, mas dei-lhe esse nome. Assisti, por dois ou três minutos, o seu desespero e o seu esforço. Coitadinha, pensei. Se eu abrisse a torneira ela seria levada para dentro do cano escuro...
Eu poderia abandoná-la ali, à própria sorte — ou falta de.
Então, tomei de um pedaço de papel e a convidei para que nele subisse. A princípio, ressabiada, recusou. Talvez por ser uma baratinha órfã, cuja mãe tenha sido morta a chineladas. Porém, depois, confiante nas minhas boas intenções, concordou: olhou para mim, e subiu na plataforma de papel. Em seguida, conduzi-a até a janela dos fundos e coloquei-a no lugar mais seguro que encontrei ali. Olhamo-nos nos olhos, docemente, e pude ver duas lágrimas descendo pelos dela. Acenou-me com suas duas anteninhas — e se foi.
21.10.25
Tua hora está chegando
A cebola da vida está descascando, inexorável, aí, ao teu lado; o leão do tempo, feroz, rugindo no teu cangote — e você não reage. Nem se mexe. Acontece que há conclusões às quais você tem obrigação de chegar, hoje:
É isso que eu quero dizer novamente hoje, mas você teima em não me ouvir. Porque todos temos uma certa tendência neurótica em deixar as coisas como estão, em salvar as aparências, em manter as estruturas — mesmo que apodreçam. Quase todos temos uma enorme preguiça de agitar as circunstâncias. Propendemos a deixar tudo como está, embora vivamos fazendo promessas de mudar o mundo.
Como disse Göethe no Fausto, "a quem persiste na Esperança ainda resta a Salvação". Mas você sempre deixa pra depois. Você chuta o agora. Você adia o instante. Você posterga o hoje.
Mas não vai, não.
Nem eu.
Texto publicado em 24.07.2005 no Guarujá.
19.10.25
Nova Teoria do Acaso

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