Ter um irmão como eu não deve ser fácil: há mais de trinta anos que não perco a calma, não brigo nem xingo, nem reclamo da Vida. Sempre dou valor secundário às coisas secundárias, e sou um poeta zen, feliz e alegre. Cheio de amores e com muito tempo livre. Empresário de construção civil com robusta independência financeira. Analista de Sistemas e criador da Liberdata Uruguay. Sannyasin e estoico. Autor do Mude - Comercial da Fiat. E o que é muito importante, o único solteiro entre os irmãos. Além disso, tenho uma saúde inabalável. Não fico doente nunca! Há mais de setenta anos que eu não tomo nem aspirina. (Nem Rivotril... rs!). Nem vacina da Covid eu tomei. E ainda sei cozinhar pratos maravilhosos na Casa Azul. Isso tudo talvez possa causar um certo desconforto psíquico e espiritual naqueles que imaginam que poderiam ser iguais a mim por terem nascido, supostamente, da mesma Mãe. Mal sabem eles que a Mãe de um primogênito é sempre diferente da Mãe dos demais filhos. A propósito, eu nunca briguei com minha Mãe, e Ela nunca brigou comigo. E isso é motivo de ciúmes cotovelares... Acontece que tudo muda. E talvez aquela injusta medida, tomada por algumas irmãs, no caso da censura ao telefone da Mãe (em 2007), foi só uma vã tentativa de arrastar-me para o mundo escuro e depressivo em que elas "vivem", chafurdando em conceitos mal elaborados.
Não conseguirão me arrastar!
Mas, com a ajuda do Tempo, e da Biologia, tudo se resolverá.
Bom ressaltar ainda que nossa convivência sempre foi amorosíssima, em todos os sentidos, em todas as circunstâncias. Até que todas elas começaram a tomar antidepressivos...
Edson. Texto básico escrito no Flat Palladium, em 09.01.2008.
Republicando hoje a propósito de minha vontade de enfim publicar meu livro cujo título, ano passado, era Os Meus Primeiros 1533 Amores Que Deram Certo, mas que agora será alterado para 1539.

