25.9.23
Uma biografia
24.9.23
Vitalina Flor
vou encher de flores vermelhas
todos os meus vasos
sanguíneos.
23.9.23
Sofrer é uma extravagância
22.9.23
Primavera
Certezas perplexas
E para mim.
Mas tudo de modo amoroso e sem perder a ternura jamais.
21.9.23
Cervejas e conversas
Eu bebo não para perder a razão, mas para vencê-la. Jamais serei dependente: na bebida, não é o álcool que me atrai. Eu tomo o vinho porque antes o consagro. E nele me agrada mais a cor e o sabor — além de me lembrar Jesus e seus milagres. Aliás, é o próprio Baco quem todo dia me abre as garrafas de Baron D´Arignac.
Também na cerveja, não é o álcool que me encanta: é o lúpulo dourado e o reflexo do sol no copo transparente. Tomo-a porque envolve-me a sede, hidrata-me o corpo, fornece-me assunto, refresca-me a alma. Também a consagro antes do primeiro gole, e o bar vira um barco — e o barco vira um altar. E bebo-a, delicadamente, porque a espuma me lembra Afrodite lambendo-me os lábios!
Como se vê, eu não bebo para perder a razão: eu bebo para encontrá-la.
20.9.23
Flores e estrelas
"As flores são mesmo ingratas:" a gente as ganha para que sejam eternas, mas então elas desistem no meio do caminho. Murcham, secam, e depois morrem, assim sem mais, nem menos, "como se entre nós nunca tivesse havido... Vênus".
E morrem talvez por desespero — talvez até por amor não respondido — antes que a gente mesmo as abandone, amorosamente, ao seu próprio perfume imortal que se acabou.
As flores — quando colhidas — são mesmo ingratas...
Por isso, jamais eu colho essas flores que encontro nos jardins da minha vida. Quando vejo algumas, lindas, ofereço-as aos meus amores, delicadamente, mas deixo-as onde estão: no próprio caule da plantinha inocente que lhes deu origem.
E então eu fico assim — distribuindo flores e estrelas, todo dia, o dia todo...
(*) As duas frases entre aspas, lá em cima, são do Leminski.
Um novo projeto em fase de criação.
19.9.23
Na praia em 03 12 2010

São 16h09. E a tarde ainda é cedo.
Era o dia 03.12.2010 na praia, em frente à Ilha Porchat. Eu estava pensando em ir ver minha Mãe no então próximo aniversário dela (o que realmente fiz em 01.01.2011, a partir de quando fiquei 26 dias na casa Dela). Dê um click na imagem lá de cima para ver o texto todo e as outras fotos.
18.9.23
Picanha com gengibre
Já fui vegetariano por doze meses e macrobiótico por três, nos anos 90. Naquela época, fiquei chato. Quase virei um conversor gastronômico radical. Felizmente, recuperei-me dessa quase burrice... rs!
Muitos desconhecem que certas vitaminas essenciais são lipossolúveis. Inclusive a vitamina A, que pode nos livrar de problemas da visão. Portanto, flores e vinho, gostosura e alegria, amor e liberdade — e uma deliciosa picanha ao ponto certo para nós todos. E, para quem gosta, uma costela deliciosa também, é claro.
17.9.23
Minha Mãe também casou
Musa com algema no dedo anular vira esposa. Com o tempo, desencanta. Por isso, não desperdice a musa: não queira casar com ela. Formalizar as aventuras é o mesmo que contratar o Desespero. O casamento pode acabar se transformando no túmulo do Amor.
Não sei.
Mas não queira engaiolar a exuberância. Não engarrafe as emoções. Não sufoque a liberdade. A menos que você já tenha feito a opção por repetir as relações antigas, e tornar-se apenas um reprodutor da espécie… Claro que reproduzir a espécie também é uma tarefa digna, e pode ser até gratificante, em certos casos. Mas não tem nada a ver com Aventura e Liberdade.
Concordo, é verdade: eu nem existiria. Entretanto, por mais que eu hoje os agradeça, por mais que mil anjos os agradeçam de joelhos todo dia em meu nome — nada vai trazer de volta as aventuras gloriosas que meu Pai e minha Mãe deixaram de viver por causa do casamento. Nada! E se minha mãe, aos dezenove anos de idade, tivesse encontrado um poeta libertário como eu, em vez de um contador, certamente não teria se casado. E eu não estaria aqui, agora, conversando com você.
Hoje é aniversário de casamento da minha Mãe com meu Pai.
16.9.23
Do que eu preciso
Houve um tempo em que eu precisava de uma casa enorme para guardar tudo aquilo que eu supunha indispensável, inclusive as namoradas. Depois, as coisas que me pareciam muito importantes cabiam num apartamento pequeno. Mais tarde, essas coisas "extremamente importantes" passaram a caber num armário de tamanho médio no quarto do fundo.
Bem depois, coloquei tudo aquilo que ainda considerava "muito importante" no porta-malas de um conversível preto — e saí pelo mundo, sem destino. Andei, rodei, derrapei algumas vezes, tomei sol e chuva, ar e vento, tomei vinho consagrado, tomei brisas e tormentas, tomei fôlego e boas decisões, amei com a liberdade mais absoluta — e fui me despojando ainda mais.
Tanto, que hoje, cheio de amor e pleno de mim, acabo concluindo que todas as coisas realmente importantes da minha vida cabem dentro de uma calça jeans e de uma camiseta branca de algodão gostoso que agora me descobrem.
15.9.23
A censura é um horror
14.9.23
Deus canhoto
13.9.23
O Amor é uma (boa) hipótese
12.9.23
Triste ou alegre ?
11.9.23
Paulo Coelho
PAULO COELHO E OS PLÁGIOS QUE COMETEU EM VÁRIAS PUBLICAÇÕES DO MEU POEMA MUDE
Significa que as 26.000 pessoas que curtiram e as 1780 que comentaram foram iludidas,
e precisam ser informadas da verdade: essa frase não é de Paulo Coelho!
Isso sem contarmos os milhões que leram sem se manifestar!
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
E "esqueceu" de citar o autor... rs!
Mas esse é um "detalhe" que ele terá que resolver urgentemente.
O caso do Mude é um pouco mais grave. Ele tem publicado esse meu poema com o título alterado para "Mudança", e com MUITAS (e desautorizadas) modificações no texto. Eu não autorizei ninguém (nem o Paulo Coelho) a mexer no meu poema Mude.
1. Paulo Coelho publicou os versos iniciais do Mude em inglês no Twitter
2. Também no Twitter em português, alterando o original.
3. Idem no Facebook em inglês, tudo sem citar o autor.
4. Já havia publicado em português no seu blog Guerreiro da Luz em 2003.
5. Também no blog em inglês Warrior of the Light, alterando o original.
6. Em sua coluna no Diário de Pernambuco em 28.02.2011
7. No jornal O Estado do Paraná - em 20-02-2011.
8. Em sua coluna no site 40Graus.com.br
9. Na Gazeta Digital de Cuiabá em 22.03.2011
10. No jornal A Tribuna de Santos - AT Revista - em 27.03.2011
11. E em sua coluna no Diário do Nordeste - também em 27.03.2011
12. Na Rede Bom dia - em 11.04.2011
13. No Jornal de Santa Catarina - em 09.04.2011
14. No ParanáOnLine - em 27.05.2003 - sim, há QUASE OITO ANOS!!!
Aqui no ParanaOnline o próprio jornal fez, no fim do texto, uma citação correta de autoria.
15. Depois disso minha frase já é de Paulo Coelho em muitos sites e blogs mundo afora.
16. Em alguns blogs, o poema Mude inteiro também já é "de Paulo Coelho" (sic)...
17. Espalha-se a notícia de que Paulo é autor do Mude... rs!
18. No tumblr virou febre - tudo como se fosse de Paulo Coelho!
19. Até na Palestina!
20. Hungria.
21. Coreia..
etc.
Finalizo com uma pergunta séria e irônica:
Se é verdade que Paulo Coelho, desde 2003, tem interesse em conhecer o verdadeiro autor do poema Mude, será que nunca soube da existência e das funções do Google?
Paulo continua publicando o Mude (sem citar o autor), mesmo após nossos contatos por e-mail: O Girassol - Na coluna dele, dos dias 04 e 11 de maio no mesmo jornal.
Por que será que Paulo Coelho continua publicando esse texto?
Apesar de eu já ter dito a Paulo Coelho, várias vezes, que não autorizo e não quero que ele publique meu poema Mude em suas colunas, ele não se emenda. Continua, insistente, publicando. Desta vez, publicou meu poema em sua coluna no jornal Clarin, da Argentina, sem sequer citar o título. Suplemento Vida, edição de 29 de maio 2011:


Nessa publicação no Clarin, ele diz que o poema Mude é um texto "anônimo, porém conhecido". Paulo Coelho chega até a fazer-me um elogio, ainda que de forma indireta: "Um autor sem nome [que] enumera as transformações possíveis e desejáveis. Desde as minimalistas até as essenciais — que nos levam a ser quem somos." Também diz que eu posso ter escrito esse poema "num momento de inspiração, único e irrepetível" — mas suficiente para deixar nele a minha marca. Pena que não cita o autor, apesar de já saber que sou eu.
Mas o pior é que Paulo Coelho mexeu no meu poema. Adulterou o texto. Mudou a frase final, além de adulterar muitas outras partes também. Portou-se com deselegância, ou até mesmo com falta de ética. Falta de inspiração, talvez. Estou publicando logo abaixo essas "mudanças" que ele — sem minha autorização — fez no meu poema Mude. E eu digo, em princípio, que foi ele o autor de tais adulterações, posto que no Google só Paulo Coelho publica o texto nesse formato. Ninguém mais. Entretanto, se ele negar ser o autor de tal crime, terá que citar suas fontes. Exigirei isso por via judicial. Depois de quase oito anos tentando, em vão, resolver essa questão de forma amigavel, não me resta alternativa.
É uma vergonha!
Alterou o título imperativo: de Mude para Mudança.
Suprimiu "o novo amor, a nova vida" — e acrescentou "a nova posição".
Logo após eu ter dito: "Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes", Paulo Coelho (ou alguém em seu nome) acrescentou uma frase estranha: "Mesmo achando que a outra pessoa pode ficar assustada, sugira o que sempre sonhou fazer, na hora do sexo." Essa frase eu jamais colocaria nesse poema, pois, quando eu o escrevi, imaginei que seria lido também por crianças. Nesse caso, falar de sexo é uma estultice!
Quando eu disse: procure andar descalço alguns dias, ele acrescentou "— nem que seja em casa". (Eu jamais ressalvaria essa normalidade!)
Quando, jogando com as palavras, escrevi "leia outros livros, viva outros romances", ele acrescentou uma besteira: "— nem que seja em sua imaginação". Aqui ele parece querer "guiar" o leitor, como se este fosse incapaz de fazer ilações...
Quando eu digo "Tire uma tarde inteira para (...) ouvir o canto dos passarinhos", ele acrescenta "ou o ruído dos carros". Eu jamais diria isso! Tirar uma tarde inteira para ouvir ruido dos carros?! Que horror!
Ele suprimiu estes versos:
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Suprimiu também estes:
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Suprimiu isto:
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Suprimiu também esta frase que é muito significativa para o tema do poema:
Lembre-se de que a vida é uma só.
Também retirou este verso, que eu, como autor, considero fundamental:
Veja o mundo de outras perspectivas.
Além disso, mudou alguns outros versos de lugar, mexeu em outras coisas, acrescentou palavras, suprimiu outras tantas. Intrometeu-se!
E ainda acrescentou "e você está vivo" no último verso.
Ou seja, tirou o impacto que eu pretendi no final: Só o que está morto não muda!
Só me resta perguntar: — Com ordem de quem, Sr. Paulo Coelho?
Se, por acaso, não foi Paulo Coelho o autor de tais adulterações, terá que provar que não. E apontar quem foi — ou citar suas fontes. Pois ele é o único que publica esta "versão" do poema Mude na internet e em suas colunas em jornais e revistas (no Brasil e no exterior) — além de já tê-la publicado em seu blog e no próprio site, desde 2003!
Esta frase "Change.But start slowly, because direction is more important than speed" — que ele, plagiando-me, publicou como dele, é também um caso grave. Se dermos um Google nela, veremos milhares de citações, todas dando Paulo Coelho como autor. Pergunto: como agora corrigiremos isto?
Veja AQUI o original do poema Mude, conforme publicado pela Pandabooks, e interpretado por Simone Spoladore no CD Filtro Solar, de Pedro Bial.