5.12.23

Vinhos e amores

A vida é uma delícia.

Ainda nem era meio-dia hoje de manhã na Casa Azul, e já estávamos tomando vinhos perante um hibisco recém-colhido.


E eu fico aqui pensando sobre meu Bisavô Luiz Marques...


O mestre Antonio Abujamra intepreta aqui o texto que escrevi sobre meu bisavô.



SOU BISNETO DA REBELDIA


Meu bisavô, aos sessenta e dois anos de idade, na década de trinta do século passado, abandonou tudo e apareceu por aqui trazendo no colo uma adolescente chamada Vitalina Maria de Jesus. Um despropósito, disseram todos. Mas o verdadeiro rebelde não hesita entre viver e morrer. O velho Luiz Marques, atolado numa estabilidade massacrante, não havia desistido de procurar aquela coisa que atende pelo singelo nome de felicidade.

Gastou janeiro fazendo planos, um mês inteiro ouvindo vozes, que nem Moisés. E aquela menina passando ali, na frente dele, feito convite, descalça, vestidinho de chita, cabelos soltos, meio ressabiada... Os peitinhos despontando. Então o fazendeiro abandonou tudo: as propriedades e as impropriedades que a elas se ligam, a esposa controladora, os filhos perplexos, as fazendas, as noras, os netinhos, os novilhos e as velhas emoções.

Tudo por causa de Vitalina.

Por aquela menina delicada ele daria o mundo. Por ela, e pelo que então simbolizava aquele amor, ele abandonou mais de mil cabeças de gado e todas as certezas que lhe haviam dado como herança. Era um autêntico rebelde: acabou trocando o futuro garantido e certo, porém morno, por um presente delicioso e faiscante.

Jogou fora o velho baú de premissas usadas, quebrou as algemas — e caiu na Vida. Trocou um milhão de verdades antigas por uma pequena mochila de sonhos. Porque, você sabe, não dá para salvar a alma sem antes salvar o corpo. E o que mais excita o ser humano é a possibilidade aberta de uma nova vida. O respeitável senhor Luiz Marques tomou aquelas decisões que só os grandes homens conseguem tomar: montou o cavalo negro do risco absoluto e partiu! Pois ele também já sabia que o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida. Abandonou tudo para não ter que abandonar a própria existência naqueles caminhos já percorridos.

Não fosse por isso, eu não estaria aqui, agora, à beira do mar, tomando um belo copo de vinho branco e contando essas coisas todas pra você.

Sou portanto bisneto da rebeldia.

Sou bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade, e amante de todos os meus amores.

E existo, por incrível que pareça. No céu da minha boca não há fogos de artifício. Só estrelas.






O texto acima abre meu livro Manual da Separação. Caso queira saber mais, click na imagem da capa:

4.12.23

A sigla mágica

Depois da sigla escrita no espelho, meu Pai, Luizito, queimou todos os meus gibis. Porém, alguns dias depois da fogueira simbólica, eu já havia compreendido aquela principal intenção dele.

Então ele me deu uma assinatura do jornal Estadão, e pediu ao Tito Klocker que fosse me levar um lindo rádio Philco de ondas curtas.

E me deu uma enciclopédia.



Mandei até fazer semana passada um cartão de visitas com a inesquecível sigla criada por meu Pai. 





Como essa história começou:


Quando eu tinha dez anos de idade eu tinha uma coleção enorme de gibis. E quando meu Pai descobriu que eu estava lendo mais Tio Patinhas do que Machado de Assis; que eu lia mais Mandrake do que Dostoievski, ele mandou-me escrever essa sigla no espelho de um banheiro recém-construído em nosso restaurante. Então ele olhou pra mim e perguntou:

— Sabe o que significa?




Felizmente, entendi.

3.12.23

Caviar com Mortadela

Tem dias que eu não tenho dinheiro nem para comprar um sanduíche de mortadela, e durmo sozinho no meu barraco de aluguel. Mas tem dias que eu varo a noite tomando Stoli e comendo caviar negro com colher, na cobertura do Guarujá, amando a loira mais gostosa do mundo.

Assim é a minha vida: do rodapé da história ao céu estrelado em questão de segundos...

Acontece que a realidade do escritor é meio inventada. Nem mortadela, nem caviar, nem barraco, nem mansão. Nem loira a menina é... E a Stoli acabou domingo. Portanto, só me resta abrir a segunda garrafa de vinho e apagar as velas do jantar. Depois, abraçar essa morena linda hoje meu Amor, e dançar com Jon Bon Jovi — de olhos bem fechados.


Indo agora para qualquer outro lugar gostoso, perto ou longe, não importa.

No meu livro
Solidão a Mil - 1999 - página 152.


2.12.23

Sábado

Eu crio metáforas como se fizesse amor. Logo de manhã, acordo sempre alegre — e duas vezes. A vida é uma delícia. Mesmo no domingo, a vida é hoje. E hoje não importa se chove ou se faz sol; se comerei um pão seco ali na esquina ou um croissant em Paris; se como acarajé, ou se farei um jejum... 


Eu tudo posso Naquela que me fortalece.


A vida é um êxtase profundo.







Eu só me envolvo com obras de arte. Meus amigos são obras de arte. Meus amores são obras de arte. Minhas ideias são obras de arte. Meus livros são obras de arte. Minhas empresas são obras de arte. Meu Ego é uma obra de Arte.

O resto está fora do meu atual campo de interesses. (*)

E mesmo que tudo agora venha a dar errado, o que já deu certo me basta!




(*) Mas quando encontro uma menina tão linda como a Andressa de ontem à noite, no centro de São Paulo, um milhão de outras possibilidades maravilhosas me aparecem de repente.

1.12.23

Jó perdeu quase tudo

O Livro de Jó


Jó havia perdido tudo: a esposa e as amantes, o gado, os filhos, a lavoura e as empresas. Perdeu seus camelos, suas tendas e colares. As carroças conversíveis e os cartões de crédito. Seu mundo começou a ruir. E Deus ainda teve a maldade de cobri-lo com lepra da cabeça aos pés. Jó ficou sem a casa e o jardim, sem o churrasco e a cerveja, sem a música, sem champagne, sem morangos. Na miséria mais absoluta. Sem café e sem Drambuie...

Seus amigos — como sempre acontece! — desapareceram. Até seus irmãos o desprezaram.

Jó perdeu tudo, mas não perdeu a autoconfiança. Perdeu tudo, menos a fé — que era exatamente o que Satanás queria que ele perdesse.

Você sabe da história: Deus apostou com Satanás. Aliás, segundo a Bíblia, essa foi a única aposta que Deus já fez em toda sua vida. Então a esposa de Jó, ciumenta, pede-lhe que amaldiçoe Deus — e que morra. Como você vê, já naquela época o casamento acabava em pancadaria. Depois, ainda chegam três amigos que ficam sete dias e sete noites reclamando no ouvido de Jó. Visita de sete dias é um horror; amigo reclamando, então, nem se fala. E Jó, mesmo assim, não amaldiçoou Deus, não — de jeito nenhum.

Mas quando ficou de saco cheio daquela situação, resolveu agir, decidiu confrontar Deus. Subiu ao topo da montanha mais alta que havia naquelas bandas, e gritou: "Deus, o senhor tá me fodendo, mas eu nunca pequei, não mereço passar por isto. Sou inocente!"

E Jó louva Deus.

E Deus então fala com Jó através de um trovão. Deus usa metáforas, você sabe. Às vezes metáforas ribombantes... Deus manda sinais — e não é todo mundo que os entende. Deus não fala português. A presença de Deus impressiona Jó, mas Deus não lhe dá as respostas que ele queria. Deus usa uma linguagem poética, e lhe pergunta: "Jó, onde o caminho da morada de quem engendra a geada do meu céu?"

Jó fica pensando. E mesmo sem ouvir as respostas que buscava, Jó tem um insight. Jó se transforma espiritualmente, se arrepende, aceita o seu destino, aceita as suas dores. A sua sina. A sua cruz.

Então Deus começa a devolver tudo o que Jó havia perdido: os camelos, as amantes, as tendas, os cartões de crédito, a saúde, as carroças conversíveis, a alegria de viver — e até mesmo o celular e os licores. Mas quando chegou a vez da esposa, Jó gritou: "Essa, não, meu Senhor. Essa não!"


E Jó voltou a viver — cheio de graça e alegria.
E dormindo sozinho numa casa de casal.
Dizem que chegou aos 140 anos...
Feliz da Vida!




O Livro de Jó é radical.

Portanto, antes que a nossa hora chegue, eu gostaria que você pensasse um pouco mais no Livro de Jó. Na aposta de Deus com Satanás — esse duelo de titãs. Como é que foi parar na Bíblia essa grande obra literária? A principal questão do livro de Jó, filosoficamente, é esta: Qual a razão do sofrimento humano? É bom lembrar que estávamos no ano 400 antes de Cristo, mais ou menos. E o autor dessa história ninguém sabe quem foi. Mas era um gênio da literatura, o Shakespeare da Bíblia. Fosse hoje, teria criado um blog chamado Mude a Vida.


Edson Marques.
Minha respeitosa versão.
Do meu livro Solidão a Mil – página 352.






Uma Crítica - Por Felipe Fanuel

Salve!

É com bastante alegria que leio esse texto. Muita coisa interessante! Suas leituras revelam sempre um lado desconhecido de qualquer hermenêutica: a sensibilidade poética de ler detalhes, perceptíveis apenas por gênios que sentem a vida antes de serem sentidos por ela. Essa idiossincrasia nos insere no seu mundo, literário por essência, porque você quer ver a realidade do jeito que ela é, não como um meio, tampouco como um fim, mas como ela é, como vida. É por isso que seu blog nos faz pensar, nos incomoda, faz-nos ridículos diante da tela, provoca problema de vista. (Na vida real, a gente vê uma cadeira e acha que é para sentar, ponto. Aqui você pinta a cadeira e diz que ela é só cadeira, nada mais, pois a sua condição é ser cadeira.)

Sabe. Seu comentário de Jó mostra uma aproximação extremamente radical com a narrativa. Na verdade, você constrói uma outra narrativa a partir da narrativa. Que se dane o Jó histórico (ele existiu?), você quer o Jó literário! Aquele Jó parecido com muita gente hoje: tinha tudo, hoje tem nada. Personagem arquetípico é, portanto, já que não há sociedade onde não se prega a consciência de que quem tem muito deve-se cuidar para não ficar na lama. A aposta divina com o cão merece um romance. Aí tem coisa! Vale a pena botar a pena no papel. De quebra, a sua aplicação filosófica do livro no final denuncia uma quedinha sensível (que há muito eu já desconfiava) pela ontologia. Afinal, a pergunta "qual a razão do sofrimento humano?" já está repleta de respostas. O autor do Livro de Jó seria mais insolente. Sua ontologia é mais confrontativa do que questionadora. Sua ontologia é mitológica. Religiosa, diríamos apressados. Mas esquecemos que no mito, na resposta, já está a pergunta existencial profunda, do mesmo jeito que hoje, na pergunta, já está a resposta.





30.11.23

Preferências

Alegrias, as desmedidas.
Dores, as não sentidas.

Conselhos, os dispensáveis.
Casos, os memoráveis.

Domicílios, os temporários.
Adeuses, os necessários.

Ódios, os mútuos.
Orgasmos, os múltiplos.

Mulheres, as bonitas.
Meninas, as lolitas.

Projetos, os contingentes.
Prazeres, os transparentes.

Amigos, os loucos.
Inimigos, os poucos.

Cores, o rubro.
Meses, outubro.

Elementos, os fogos.
Divindades, o Logos.

Vidas, as nossas.
Mortes, as deles.



Lista de Preferências (*).
Bertolt Brecht.
Versão de Edson Marques.

(*) Esta é a minha versão. Exclusiva. Optei por esse formato, com nova disposição dos versos. Alterei a seqüência de alguns, e substituí muitos termos que não dançavam no texto original. Extirpei redundâncias. Recriei com base numa das versões que correm por aí. Não consegui encontrar original em alemão, nem sites que publicam algo parecido em inglês, francês ou espanhol.

29.11.23

Junte-se aos Melhores

As Quarenta Coisas mais importantes para você fazer ainda em 2023


01. Tome mais água, mais vinho e mais sol.
02. Escolha melhor os teus próximos amores. Prefira os livres.
03. Viva com mais Entusiasmo, com mais Energia, e com mais Coragem.
04. Arranje sempre algum tempo para planejar o teu futuro.
05. Faça atividades que estimulem o teu cérebro.
06. Leia mais livros do que você leu em 2022.
07. Fique em silêncio alguns minutos todo dia. Pense. Reflita. Medite.
08. Procure dormir tranquilamente, para acordar de bom humor.
09. Faça exercícios físicos. Caminhe pelo menos 30 minutos por dia.
10. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
11. Não compare a tua vida com a de ninguém. Cada um tem sua história.
12. Seja sempre um otimista racional.
13. Mantenha o controle absoluto dos teus estados de espírito.
14. Não se torne sério demais. Só os alegres vão pro Céu.
15. Só gaste tua preciosa energia com coisas importantes.
16. Sonhe mais. Sem sonho não se cria absolutamente nada.
17. Saiba que a inveja é um desesperado sinal de fracasso.
18. Jamais conclua apressadamente. Analise antes as premissas.
19. A vida é curta demais para ser tão pouca. Viva mais!
20. Faça as pazes com o teu passado para não estragar o teu presente.
21. Ninguém comanda a tua própria felicidade, a não ser você mesmo.
22. Tenha consciência de que você não vai viver mil anos.
23. Sorria mais. Encontre motivos para dar umas boas gargalhadas.
24. Não é preciso vencer todas as discussões. Aceite a discordância.
25. Entre mais em contato com teus amigos e com teus amores.
26. Nunca perca uma oportunidade de ajudar alguém.
27. Se não puder perdoar a todos, ao menos os compreenda.
28. Misture-se aos melhores.
29. Jogue fora tudo que não presta.
30. O que outros dizem a teu respeito nunca vai mudar a tua essência.
31. Não permita que um simples idiota comprometa o teu destino.
32. Faça sempre o que é correto, justo e verdadeiro.
33. Procure não trair jamais a tua própria natureza.
34. Deus cura todas as doenças — exceto o mau humor e a maldade.
35. Valorize a própria liberdade, acima de qualquer outra coisa.
36. Estude. Estude sempre. Estude o máximo possível.
37. O melhor ainda está por vir — em todos os sentidos.
38. Só o que está morto não muda.
39. Preencha o teu coração com alegria, esperança e gostosura.
40. Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.


TransCriação de Edson Marques sobre um texto da internet + partes do poema Mude.


Um arco-íris embaixo da Capela da Mãe.


28.11.23

A gaiola dourada seduz

A liberdade é perigosa. A vida livre é arriscada, insegura, incerta, é cheia de surpresas, cheia de perigos e de buscas, mudanças, sobressaltos. A liberdade é muito perigosa... Só quem ama o risco é que pode ser livre. Só quem é dono de si mesmo é que pode ser livre de verdade. Só quem é dono do próprio destino é que arrisca a vida para salvar a própria vida. A liberdade, portanto, não é para qualquer um: os acomodados e os covardes jamais serão livres. Escravos não conseguem ser livres. E a segurança da gaiola seduz.

27.11.23

Poeta semente

Eu era só uma semente, pequenina e germinante, mas depois cresci. Cresci como crescem as magnólias e os gatos. Cresci como crescem os machados e os sândalos, as margaridas e os inocentes. Cresci como crescem os deuses e as clarices. Cresci como crescem os morangos e as mitologias, os amores e os girassóis. Cresci...

E agora?





26.11.23

Tudo é experimental

Esta minha página é experimental, no mais amplo sentido que tal palavra possa ter. Aqui não procuro defender nenhuma posição conservadora nem contemporizo com adeptos da normalidade absoluta ou radical.

Também não busco ser compreendido, nem pretendo apenas te agradar.


Contra ou a favor ao que proponho — não importa.

Mas, pensar.


Reflita-me.




25.11.23

Suzana e Patricia

Eu me apaixonei pelas duas — ao mesmo tempo. Mas, enquanto Patrícia desejava "o melhor" para mim, Suzana só queria que eu fosse um poeta louco, exagerado. Eu, de minha parte, que nunca tive mesmo a pretensão de ser indispensável, só queria fluir. Fluir e voar, enquanto ainda houvesse algum vento de liberdade soprando em mim. Enquanto ainda tivesse meia dúzia de asas, todas livres, saudáveis e amorosas.

Patrícia, por uns tempos, foi o meu maior amor, em quase todos os sentidos. Suzana, também. Por isso, dediquei a elas tudo o que fiz de melhor naquela fase da minha vida.

Era sincero quando lhes dizia, a cada uma, "eu te amo". E também sincero nos momentos em que só pude amá-las em silêncio profundo porque estava, respeitosamente, com outras.

Corria o ano de 1999. 
O século 20 estava virando de ponta-cabeça. 
E a Vida, ali — me convidando como fosse Tentação.

Como todo mundo que busca crescimento espiritual, eu tenho dois lados: o sério e o gostoso. Patrícia, é claro, queria o primeiro. Suzana — o gostoso. Patrícia queria, primeiro, o eterno, o estável, o mais tarde. E Suzana queria, primeiro, o segundo, o momento — o agora! Patrícia queria o marido. Suzana, o poeta. Patrícia, como já disse, era sensualíssima, mas Suzana tinha a inocência mágica dos 17. Enquanto Patrícia adorava o burguês que morava no meu corpo, e me cobria de roupas, perfumes e presentes, Suzana só me descobria. Adorava o meu lado maluco, segurava minhas mãos como se me pegasse todo, e dizia, olho no olho, sorrindo, encantada:

Viva a vida, Edson — nos três sentidos!

Patrícia queria certezas; Suzana me jogava no abismo.

Patrícia significava segurança, estabilidade.

Mas Suzana quer dizer Aventura!

Durou quase dois anos esse nosso delicioso triângulo de vertigens. E foi só quando chegamos ao pico é que tive de optar com veemência. Porque, de Patrícia, eu tinha que me salvar correndo, para enfim poder viver. E de Suzana, eu só queria ter belíssimas lembranças...

De cabeça, no coração da Vida.




23.11.23

Alameda Barros

 

São Paulo, Alameda Barros, 75. Eu acabava de passar em frente, naquela tarde de sábado, 18.07.2020. Eu morei neste prédio de 1980 até 1992. Apto 174. 
Foram doze anos maravilhosos. 



Estou revisando os últimos capítulos do meu livro Teoria do Acaso e me deparo com certos fatos ali narrados que ainda me emocionam demais. Nesse livro eu conto detalhes de como conheci alguns dos meus amores, como foi que as circunstâncias me abraçaram, e como também por mim foram elas abraçadas. Como foi que meu Pai se apaixonou por minha Mãe. Como foi que Nietzsche conheceu Lou Salomé, como Dali se apaixonou por Gala, como foi que Sócrates encontrou Xantipa. Minha tese é que o ACASO é a causa de cada uma dessas coisas. Tudo que acontece na vida da gente é obra do acaso. E agora, ao escrever sobre Suzana, acabo me lembrando da década de 1990, quando eu morava na Alameda Barros, em SP, e às vezes chegava em casa à noite e encontrava uma festa. Alguém me abria a porta e até me perguntava quem eu era... Eu costumava deixar uma chave do apartamento na portaria, e autorização explícita para que toda mulher — consideradas algumas premissas, mesmo que os porteiros nem a conhecessem — pudesse pegar a chave e subir. Quantas mulheres fossem! E que se sentissem elas totalmente à vontade. Que bebessem do meu vinho e comessem do meu pão. Algumas eram amigas, e outras, totalmente desconhecidas. As surpresas que eu tinha por causa disso sempre foram maravilhosas. Conto algumas dessas surpresas, dezenas, nesse livro acima citado. Era assim a minha vida. E nesses quase trinta anos que se passaram não mudou quase nada o meu estilo de viver — exceto duas relações fechadas que me levaram a diminuir muito a freqüência das festas. Mas voltarei logo mais a deixar minha chave na portaria de novo — com a mesma recomendação. Para que tudo se repita outra vez, de modo ampliado, mais intenso, e mais gostoso.


Naquele mundo maravilhoso, o "centro de gravidade amorosa" era Eu — e Eu saltava dentro de mim mesmo, para um outro Eu ainda mais profundo e mais central. Eu era um sol iluminando estrelas cadentes. Eu lhes dava luz e amor, em troca de mais luz e mais amor. Eu me tornava cada vez mais absoluto, e elas viravam estrelas ascendentes, bailarinas, quase sempre. Felizes aquelas que gravitavam em meu redor, diziam elas. Em verdade, aos pares nos tornávamos estrelas binárias — ainda que por vezes santíssimas trindades ocorressem. Tudo era fora do normal. À época eu pensava que certas coisas eu só as contaria vinte anos depois da minha morte. Hoje eu já considero a possibilidade de contá-las vinte anos antes. Daqui uns quarenta, portanto.

Quantos pedaços de pizza

Ontem à noite, comi de novo quatro pedaços de pizza. Eu não tinha almoçado, passei o dia refinando as obras do Brasil Colonial, mas isso não justifica tal absurdo. Também tomei vinho branco e coca-cola zero. Devo ter engordado uns quarenta quilos... Acabei dormindo no Palladium sem fazer os mil exercícios de braço. Não fiz os costumeiros abdominais. Nem sequer amor eu fiz. Como se pode notar, preciso tomar providências radicais urgentemente. Vou instalar uma balança nos pés da minha cama. Nos quatro pés da minha cama.


Quantos pedaços de pizza você é capaz de comer?




Volume 004.





Vou colocar essa questão no meu livro

Lógica Para Crianças.

22.11.23

Minha ideia 1196

Com base na minha ideia 152 (Franquia Reversa), pretendo criar dez escritórios (de advocacia, contabilidade, imobiliárias, etc.) em dez cidades diferentes, por volta de Abril de 2024.

A Matriz (Unidade 001) será em São Paulo. 

A Unidade 002 será no Guarujá.

Talvez incluir Consultoria, Assessoria e Administração Agropecuária e também no ramo de Madeiras.

Depois, ampliar o projeto para lojas, bares, restaurantes, pizzarias, salões de beleza e estética.

E empresas de construção civil, além de Portaria e Limpeza e Segurança Patrimonial.


Itararé. Minha ideia 1196. 28.04.21.

A propósito, em 07.11.23, Guarujá, eu tive minha ideia 1300.




Com apoio Financeiro de:




21.11.23

Minha hora chegou

Você me olha, séria, e eu digo vou viajar. Pra onde, você pergunta. Eu respondo para dentro de mim, em silêncio. Vou junto: tua esperança no olhar parece que me interroga.

Não dá!

Certas viagens devem ser solitárias, porque únicas em si. Você até pode ir, mas sozinha também.

Para essa, não existe quarto duplo, meia pensão, guia em espanhol; não se precisa de passaporte, não se toma avião, não se vê catacumba, não se visita museu, não se compra com American Express, não se pode financiar...

É uma viagem da confiança para o amor, do eu para si mesmo, do um para o Todo, do eterno para o agora, da palavra para o Verbo, do instante para o sempre, da coisa para a coisa em si...

Uma deliciosamente louca viagem para dentro de mim.


Nessa longa viagem, ninguém chega atrasado.



Minha hora chegou.

20.11.23

Lógica Para Crianças

Se, num hipotético desastre aéreo, você caísse num deserto com apenas um balde de gelo — nada mais — quantos dias você acha que conseguiria sobreviver?


Esta é uma das perguntas exemplares que faço em palestras a diretores e gerentes. E também a adolescentes ou estudantes atentos e curiosos da escola primária quando lhes dou uma breve aula de Lógica. Há outras. Tem uma alegoria interessante sobre papel higiênico que agrada muito ao público. Pois é, para falar de Lógica, não é preciso citar Bertrand Russell nem Aristóteles, nem falar difícil. É só despertar a curiosidade e provocar o encanto das crianças pela Palavra e pela Razão. Das crianças — e também dos adultos que ainda não perderam a vontade de aprender e questionar.


Tudo isso está no meu livro Lógica para Crianças, onde, na página 248, eu digo que, ao analisar as possíveis respostas à citada questão (queda no deserto), começo perguntando quantos litros tem um balde. Afinal, balde não é unidade de medida. Ou seja, a pergunta refere-se a balde do tamanho de um barril ou de um dedal? Se você caísse sozinho ou com mais pessoas? Outro dado importante: gelo do quê? De água ou, por exemplo, de amônia? E se for gelo de água, potável, ou não? O deserto seria de areia, como do Atacama, ou deserto de gelo, como na Antártida? Ao lado de um oásis, ou a 500 km da cidade mais próxima? Outra coisa que acaba determinando o resultado da queda: cair de que altura? Com paraquedas ou sem? De helicóptero, de avião ou de asa delta?


E assim por diante...


Como se pode notar, a pergunta lá no início foi intencionalmente mal formulada. E é o que sempre digo: nunca responda a perguntas mal formuladas.




Essa questão dos pedaços de pizza também é muito interessante.




19.11.23

Pessoas normais

Se você disser que é infeliz, ou que tem um grave problema (de saúde, de dinheiro ou relacionamento), quase todos acreditam, e chegam até a te oferecer um ombro consolador.

Mas se você disser que é feliz, ou que tudo está correndo às mil maravilhas com tua vida — e que não fica doente há mais de trinta anos — duvidam...

Isso acontece porque pessoas normais geralmente são mórbidas e não creem que a felicidade existe. Aliás, e até por decorrência disso mesmo, as pessoas normais nunca serão felizes.

Nunca!



18.11.23

Jardim de Epicuro



Tem uma coisa muito boa que eu quero te contar: em Julho de 2024 eu pretendo abrir, talvez aqui mesmo no Guarujá, uma deliciosa filial histórica dos Jardins de Epicuro — que será um Centro de meditação, dança, discussões filosóficas, degustação de vinhos, psicanálise, gastronomia, sol na praia, meditação, negócios, e demais ousadias gloriosas possíveis. Além de Planejamento Estratégico Pessoal e busca da Felicidade, é claro.


17.11.23

Minha ideia 1132

 Nascida em 10.01.2021, mas ainda em fase de refinamento.


Cada sessão terá dois players ou mais, em torno de uma mesa, numa sala ou num palco, debatendo questões que os envolvam (ou não), quer sejam filosóficas, políticas, amorosas, comerciais ou familiares. O fulcro do projeto é debater os respectivos temas com o máximo possível de rigor intelectual, e, principalmente, com equilíbrio emocional.  Aqueles que se desequilibrarem (além de uma certa pontuação pré-combinada) perdem o jogo, porém com a possibilidade de retomada futura, nas mesmas bases e com os mesmos temas e propósitos. Ou outros.

(...)


Será um jogo interativo, auto-incrementável, dinâmico, e que possa ser usado inclusive para tomada de decisões a respeito da própria vida, dos planos, dos negócios, das relações, dos caminhos a trilhar, etc. 


Eu acho, modéstia exclusa, que esta é uma das minhas melhores ideias nos últimos dez dias. Ainda estou definindo as regras básicas. E os modos mais elegantes e racionais de eventualmente quebrá-las.


Edson. 10.01.21. 10h08.

Só por curiosidade, hoje, 17.11.23, estou refinando a ideia 1300, que eu tive em 07.11.23.


Leopardo Da Vinci

16.11.23

Manual da Separação

Este livro foi originalmente publicado em 1998, pela Editora Filosoft, com 160 páginas, com o título de Manual da Separação. Era o primeiro blog de papel lançado no Brasil. Foi lançado na Rádio CBN, no programa do Miguel Dias, com o inesquecível apoio do Heródoto Barbeiro. Nesta reedição, mantivemos o que antes havia, e acrescentamos 90 páginas de textos mais recentes, quase sempre provindos do meu blog Mude, e, por sugestão da minha Mãe, retornamos o título para Beijos no Céu da Boca. Mas, é preciso, antes de tudo, fazer uma importante ressalva: se você é uma pessoa ciumenta, poderá não gostar deste livro. Melhor nem comprar. Contudo, se algum ciumento anda te oprimindo, ou te aporrinhando, eu sugiro que você compre um exemplar e lhe faça um duplo presente: ele ficará mais saudável, e certamente mais interessante. E você até poderá tê-lo de volta ao círculo dos teus amores — e ao rol dos seres humanos.




15.11.23

Seis meses



Portanto, vou agora emprestar meu coração aos meus amores, para que eles amem a si mesmos, livremente, como se me amassem — e se deleitem com essa gostosura indescritível.

Eu vivo trocando um entusiasmo por outro, geralmente maior. Porque amores livres, vou tê-los muitos — para que os tenha sempre. Faz mais de vinte anos que a minha namorada tem dezoito. Às vezes, dezessete.

Ousei amar de modo diferente, e tive a coragem de continuar puro nos meus relacionamentos. Algumas pessoas, porém, querem punir-me por isso, mas sobrevivo, sobre todos. E o que mais indigna meus detratores é que são poéticas e amorosas as minhas santíssimas transgressões.

Então mergulho nessa alegre correnteza onde eu rio fluente de mim mesmo — líquido, cristalino, gargalhante.

Só tenho mais seis meses de vida, suponho — e vivo radicalmente de acordo com tal suposição.

E se por acaso ao fim desse período a morte não me houver levado, tudo o que vier depois será um presente para mim — e uma bênção maravilhosa.






14.11.23

Não estou à venda

Este livro tem como escopo defender a concessão de plena autonomia aos grandes vendedores. Nenhuma empresa terá sucesso nessa área se pretender dirigir os passos dos seus melhores vendedores. Esse tipo de profissional não aceita coleiras. Além disso, traz um sinopse biográfica de alguns vendedores, expoentes de uma classe — importantíssima — que move o mundo e marca época.





13.11.23

Única Empresa

Espero que você concorde comigo, agora, da mesma forma que você espera que seus clientes concordem com você e com teus argumentos de venda. Nesse aspecto, somos iguais. Temos um propósito comum. Se eu não conseguir te convencer de que meus argumentos são bons, não faremos negócio. Igualmente, você: se teus clientes em potencial não vislumbrarem vantagens competitivas, ética e competência nas propostas da sua empresa, não comprarão seus serviços nem seus produtos.
Eu não quero ser — e jamais serei — teu concorrente. Eu quero ser uma espécie de terapeuta comercial da tua empresa. Que tem muitos pontos fortes, certamente, mas que tem também alguns pontos de fraqueza, algumas deficiências. Não decorrentes dos seus planos, mas acidentais. Imprevistos que ocorrem em todo tipo de empresa. Fora da curva. Fora dos planos. Mas que interferem de modo negativo no sistema do negócio. Fazem perder clientes, ou, no mínimo, deixam alguns clientes não completamente satisfeitos. O que eu quero te dizer é mais ou menos isso.


Além do mais, estou profundamente envolvido na criação de algo que chamarei de O Grande Argumento.

— Para quê, você pode perguntar.

Ora, para conquistar o coração de um grande amor, para vender um cacho de bananas ou para comprar uma empresa — tanto faz! Ou seja, um discurso racional fulminante para vencer objeções.

A "fórmula mágica" para vencer objeções.


O Grande Argumento.




Dentre as minhas atuais atividades filosóficas está a criação de um novo Método de Vendas — baseado na ideia 345 — cujo fundamento é a junção dialética de três ou mais sistemas operacionais simétricos interdependentes. O nome é Vendas Intercontratuais.

Detalhes serão logo mais publicados no site



12.11.23

Inteligência Racional

As grandes inteligências conseguem considerar duas ou mais visões diferentes, opostas, contrastantes — ou até mesmo contraditórias — de uma mesma questão, analisá-las ambas ou todas em conjunto, racionalmente, às vezes simultaneamente, e não preferir nenhuma delas até que alguma conclusão logicamente satisfatória se apresente.


10.11.23

Projeto NorteSul


Sou um vendedor de imaginação


Veja o Projeto revolucionário que, como criador e Diretor de Arte da Construtora NorteSul, desenhei para o quinto dos onze prédios de um Conjunto Residencial, na cidade de São Vicente, SP. Levemente inspirado em Gaudí, com cerâmicas Portobello, 9.5 x 9.5. /// Depois eu publico aqui as fotos dos outros quatro prédios anteriores, e explico como foi que concebi a ideia gráfica do revestimento. Pena que o Santiago Calatrava não pôde me ajudar...



Estas paredes não são virtuais: estão prontas e lindas. Desenhadas por mim, ao som de Vangelis e tomando Lambrusco. Fotografei com uma máquina simples, digital, foco automático. Se quiser ver detalhes, dê um click sobre a foto. E lá também havia uma Rose....


No fundo,
 sou apenas um pedreiro inspirado e parabólico... Mas, talvez em 2025, vou fazer pós-graduação em Arquitetura. Só para poder frequentar o escritório do Calatrava, lá em Valencia. Ou em Nova York, tanto faz.



Nada de verdadeiramente grandioso foi criado até hoje na história da Humanidade — sem paixão, ousadia e liberdade!

9.11.23

Fundamentos

Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe.

Eis os fundamentos ☝️ para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.

É assim que estou criando as minhas próximas:








Eu adoro a Matemática desde pequenino. Aos oito anos eu já sabia a tabuada do 15 e a regra de três. Aprendi a descontrolar meu mundo com o Teorema de Pitágoras. Aos dez, já era íntimo de PA e PG e de equações exponenciais. Depois, me apaixonei pela Lógica de modo inescapável. Mais tarde, na USP, virei amante excitado da Estatística e da Teoria dos Nós. Vibrei com Fibonacci, e fui fazer computação. Mas tudo isso abraçado a flores e estrelas, e sem jamais abandonar a Poesia. E foi assim, dançando nos versos dos meus sonhos, é que descobri a existência de uma coisa gloriosa, que se chama Divina Proporção. O modo mais brilhante de levantar uma parede ou desenhar uma calçada. O modo mais gracioso de colocar as vogais tônicas nos meus cantos e poemas, e o modo mais elegante de massagear os pés do meu amor.

8.11.23

A beleza do resultado

Geralmente, as pessoas perdem a vida onde supõem ganhá-la. Mas isso não acontece comigo, pois não separo meus projetos pessoais dos profissionais. A vida é uma totalidade dialética indespedaçável. Para mim, tanto faz desenhar uma parede para um projeto de revestimento cerâmico, quanto esboçar um poema de amor num guardanapo de papel. Tanto faz analisar um sistema, construir uma calçada, escrever um aplicativo ou jantar com meus amores. Tanto faz. O parâmetro é o prazer. Exclusivamente, o prazer. E a beleza do resultado.

7.11.23

Luz di amante

Nunca escondo meus leitores de si mesmos: em verdade, eu ilumino a parte clara do caminho que se encontra dentro deles. E também a parte escura que se perde. Como sou um garimpeiro de verbos incendiados, só gosta de me ler quem já tem brilho e não se apaga...

Mas se eu primeiro não tornar as emoções em alegria, não terei coragem de abrir meu coração inteiro para ser lido com ternura por você. Por isso, só me mostro mesmo após o meu encanto, e só te dou estas palavras depois que as refino. Aliás, se eu antes não polir as minhas pedras preciosas com amor e gostosura, como poderia eu querer trocá-las por essa tua tão amada luz diamante?

6.11.23

Experiência imaginária

Tudo que existe no mundo — existe duas vezes : primeiro, na cabeça do Criador. Toda mudança tem que antes ser sonhada. A realidade só se transforma de verdade, na prática, depois que transformou-se em teoria. Primeiro no cérebro — depois, no mundo. Sem sonho e sem loucura inteligente, nada de concreto se produz. Nem sorvete, nem avião, computador, arranha-céu. Nem igreja, nem poesia, nem romance, nem Calçadas do Brasil. Os inventores, os poetas, os artistas, os cantores, e os sonhadores empreendedores — são todos visionários. Einstein, Jesus Cristo, Picasso, Buda, Galileu, John Lennon, Espinosa, Niemeyer e o dono do boteco ali da esquina: um bando de malucos. Se dependesse apenas dos normais, ainda andaríamos de carroça. Talvez nem mesmo de carroça, pois a roda foi criada por um louco... Sem fantasia e liberdade não se encanta o cotidiano. A imaginação descontrolada é que dá cor e vida ao mundo livre. Por isso é que a Loucura Criativa é necessária, desejada — e tão temida.





5.11.23

Seja feliz

A COISA MAIS IMPORTANTE DO MUNDO É SER FELIZ.

Por isso eu quero que você tenha a sabedoria de fazer escolhas.
Que você ame a vida sobre todas as coisas.
Que siga sempre o que lhe pede a Natureza, e deixe fluir a gostosura.
Que você tenha a coragem de sonhar — e a ousadia de realizar os sonhos.
Que tenha a compreensão racional por aqueles que hoje você ama, e um respeito absoluto pela própria liberdade.
Que mantenha o foco só naquilo que realmente vale a pena.
Que sinta arrepios de prazer toda vez que respirar...
Que tenha um perfeito domínio dos teus estados de espírito.
Que trabalhe um pouco menos, que seja sensível e amável, e que mantenha o entusiasmo em qualquer situação.

E quero que você conviva apenas com pessoas compreensivas, inteligentes, amorosas, sinceras, saudáveis, excitantes — e livres.

Eu quero que você seja feliz!