8.2.23
Brilho muito e sumo logo
7.2.23
Projeto NorteSul


No fundo, sou apenas um pedreiro inspirado e parabólico... Mas, em 2023, vou fazer pós-graduação em Arquitetura. Só para poder frequentar o escritório do Calatrava, lá em Valencia. Ou em Nova York, tanto faz.
Mas agora estou finalizando o projeto de uma casa para mim, cuja ideia básica desenhei num guardanapo de papel no Restaurante Brahma em SP, em 12.10.2010. Quatro dias antes, já havia tido um vislumbre da ideia em Santos, na Kopenhagen. Veja detalhes aqui.
6.2.23
Portas escancaradas
Sento-me aqui, ao lado do Oceano Atlântico — e fico pensando na vida. Olhando este mar azul do Guarujá, e ouvindo a Barcarolle de Offenbach. Dois ou três cacos de céu no meu caminho, dois pedaços de silêncio onde se ampara a minha voz. Tomo outro gole de vinho branco logo no primeiro quiosque, e vejo que meu corpo tem muitos sentidos e muitas razões. Talvez por isso é que eu preciso de metáforas lógicas para dizer-me todo.
Não sei para onde vou hoje.
Talvez fique aqui mesmo, fazendo nada como se fizesse tudo — ou vice-versa. Talvez escreva um poema de amor praquela menina de azul, ali; talvez termine aquele ensaio sobre Jesus que comecei ontem. Talvez desenhe um outro projeto louco para uma parede nova, ou talvez volte simplesmente a ler Montaigne...
Não sei.
Só sei que o Mundo tem paredes e muros, mas também tem portas e janelas. E as portas estão completamente escancaradas para nós!
Ouça a Barcarolle de Offenbach.
Sou eu o meu Amor
5.2.23
Eu abro todas as gaiolas
Tem dias que eu tento conter este divino coração que salta profundo de mim, e que me beija dançando de dentro pra fora. Amantíssimo, poético, livre — e meu: eis o meu coração, meu amor: escancarado em teus braços... Porque em mim agora não existem outras estações. A primavera toda cresce dentro do meu peito, e as flores já não murcham mais. Sou um trem desgovernado em direção ao interior. Zen, vazio de tudo mas cheio de graça, com seu louco motivo e doce razão. E o apito sinuoso que se ouve daqui, respeitoso, se curva.
Também não quero que me considerem muito original: eu apenas repito o que me dizem os pássaros no quintal da minha Mãe. Transformo em português, literalmente, os cantos que eles cantam para mim. E repito-os para que vocês possam ouvi-los de verdade em nossa língua. Às vezes, quando chove chuva e o canto deles vem molhado, limpo um pouco o seu trinado, acrescento algumas notas, pinto-as de vermelho, reescrevo a melodia. E transformo o bem-te-vi em bem-te-vejo. O beija-flor em minha estrela. O pardal em perdão, o tiziu em tesão. E abro todas as gaiolas.
Todos os dias.
4.2.23
Eu analiso as circunstâncias
3.2.23
Marina
Parece que só existem dois tipos de amor: o primeiro — e o último. Eu tinha sete anos, e ela, nove. Eu tinha tesão, e ela — também. Quando essa primeira paixão da minha vida começou a incendiar-me o peito, tornei-me um ser divino sensual e amoroso full-time. Transformei meu coração num sol inesgotável, e pensei que, para sempre, todas as mulheres do mundo se chamariam Marina.
2.2.23
Seja escandalosamente feliz
Por isso eu quero que você tenha a sabedoria de fazer escolhas.
Que você ame a vida sobre todas as coisas.
Que siga sempre o que lhe pede a Natureza, e deixe fluir a gostosura.
Que você tenha a coragem de sonhar — e a ousadia de realizar os sonhos.
Que tenha a compreensão racional por aqueles que hoje você ama, e um respeito absoluto pela própria liberdade.
Que mantenha o foco só naquilo que realmente vale a pena.
Que sinta arrepios de prazer toda vez que respirar...
Que tenha um perfeito domínio dos teus estados de espírito.
Que trabalhe um pouco menos, que seja sensível e amável, e que mantenha o entusiasmo em qualquer situação.
E quero que você conviva apenas com pessoas compreensivas, inteligentes, amorosas, sinceras, saudáveis, excitantes — e livres.
Eu quero que você seja feliz!
1.2.23
Jesus — Mestre Zen
Mas os idiotas pensam que Jesus era um imbecil, e que estava pregando que a felicidade só virá DEPOIS da morte biológica. Nada disso! O que Jesus pregava — em verdade, em verdade — era a morte do apego, da inveja, do ciúme, do ódio e da cobiça. Olhai os lírios do campo e os pássaros do céu — dizia Ele. Mas os idiotas jamais olham para o céu. E acham que as asas foram feitas para guardar dinheiro e proteger as posses...
Os idiotas jamais entrarão no Reino de Deus.
31.1.23
A Natureza da Paixão
A natureza da Paixão é ser fugaz. Esticá-la no tempo é torná-la insossa e rarefeita.
Eu gosto de dizer que as paixões devem ter o brilho de um relâmpago — e a mesma duração. Relâmpagos não ficam acesos para sempre. Você vive um, e em seguida risca outro! Mas, não se preocupe: ninguém é obrigado a amar o risco e ser brilhante todo dia.
30.1.23
Minha Mãe
Foi nesse momento mágico que eu comecei a perceber que a Vida seria uma delícia...
Hoje é aniversário da minha Mãe. Eu e ela nunca brigamos: nenhum tapinha, nenhum puxão de orelhas, nenhum grito de raiva. Eu e Ela sempre nos compreendemos um ao outro. Escrevi esse texto em homenagem a Ela (em 2008). Como sou-lhe o primogênito e o preferido, há toda uma mitologia em torno disso. Acho que até Reich explicaria melhor do que Freud essa nossa maravilhosa relação de Amor.
Edpon Marques.
Veja aqui outra parte da história.
29.1.23
Todo momento
28.1.23
São Vito
Isso é que eu chamo de milagre. Ontem à tarde minha Mãe contou-me sobre um santo, "protetor dos perturbados", cujo nome é Vito. Não achei o ícone de barro nem na lojinha de umbanda que tem ali na esquina, mas encontrei uma biografia dele na Internet, acompanhada de uma reza estranha, que era muito negativa, só falava de sangue, pesadelos, furor, inveja, ressentimentos. Só miséria, fome, dor, tribulação, calamidade. E para o pecador é ainda "sete vezes pior". Ora, se alguém ler aquilo à beira de um abismo — se atira. Acho que o Vito, ao inventar tal reza, pretendia povoar o céu com milhões de desgraçados.
Então, antes de mandar pra ela, fiz alterações, cortei, substituí, acrescentei... Editei tudo, começando pelo nome. Onde "Prece do reconhecimento das limitações" — ficou: "Prece de Conhecimento dos limites e do Poder de Reagir". Alterei tudo na oração. Coloquei belas metáforas, auroras, brilhos, pintei um sol alaranjado, coloquei futuros, ousadias, compreensão e esperança. Deixei alguns pesadelos, é claro — para não tirar a originalidade — mas coloquei sonhos, todos recheados com marmelada de goiaba. Ficou um texto limpo, poético, doce, que anima e dá coragem a quem pretende viver.
Ela então ligou-me agradecendo:
— Nossa, Edson, como é linda essa oração!
E ficou contente com a minha "reza de São Vito".
Como você vê, às vezes é preciso inventar histórias até para nossa própria Mãe...
Por falar nessa Mulher que me gerou:
Certo dia, quando eu era ainda mais bebê, dois meses de idade, talvez três, tive uma convulsão maravilhosa. Fiquei azul — e a família inteira ficou chocada. Foi um rebuliço. Afinal, eu era o primogênito. Mas o que eles não sabiam é que era só o meu sangue voltando à sua cor definitiva...
Apenas minha mãe não chorou.
Sabe por quê?
— Porque ela é a santa que me pariu.
E que me conhece bem.
Aos seis anos eu também quebrei a moringa na beira do poço e acabei trazendo água na própria camisa.
Ela nem se espantou...
27.1.23
O poeta, o artista, o filósofo
26.1.23
Quais são os teus sonhos ?
Quantas vezes você hoje meditou sobre a Vida?
Quantos minutos você hoje caminhou sem pressa?
Quanto tempo hoje você acariciou teu corpo e tua alma?
Quais os alimentos saudáveis que você vai comer hoje?
Tem seguido o que te pede o teu próprio coração?
Quanta gostosura existe nos teus atuais relacionamentos?
Quais são as coisas novas que você aprendeu hoje?
Quantas pessoas você hoje abraçou de verdade?
Quantos livros você está lendo?
Quando foi o teu último grande êxtase?
Quantas vezes hoje você pensou no Amor?
Quantas vezes você hoje ajudou alguém?
Quanto de prazer e de alegria o teu trabalho proporciona?
Hoje, quais as coisas boas que você já fez ou vai fazer?
Como vai a liberdade dos teus amores?
Terá tempo de contemplar a lua e as estrelas?
Tem olhado os pássaros do céu e os lírios do campo?
Como anda o teu Planejamento Estratégico Pessoal?
Quantos anos você supõe que ainda vai viver?
Como vai a tua própria Liberdade?
Quais são os teus Sonhos?
O que é que você quer da Vida?
25.1.23
Tabuadas cruzadas
Sou minha flor
Autoria de Paritosh Keval
Paritosh é para mim o que Louis Lambert foi para Balzac.
Sou o autor da minha peça e o próprio personagem. Sou a dança e o bailarino, a música, o regente, o compositor. A ternura mais vermelha e delicada, o lóbulo da orelha do meu amor. O beijo e o orgasmo, a delícia e o licor; o êxtase e todas as auroras que ainda vão chegar. Sou o céu estrelado, a língua do horizonte — e mais além. Sou o sagrado e o profano, o profundo e o supérfluo, a origem da tragédia, o brilho e o pó. Sou mínimo e tanto, sou pouco e princípio, paixão, excesso e glória. Sou infinito no teu entusiasmo, e a penúltima labareda de uma espécie de fogo em extinção. Sou eterno relâmpago, amor: passageiro. Uma gotinha de chuva, um pingo de mel, uma pétala de estrela. Sou eu: minha flor.
24.1.23
Jesus
Preferências
Dores, as não sentidas.
Conselhos, os dispensáveis.
Casos, os memoráveis.
Domicílios, os temporários.
Adeuses, os necessários.
Ódios, os mútuos.
Orgasmos, os múltiplos.
Mulheres, as bonitas.
Meninas, as lolitas.
Projetos, os contingentes.
Prazeres, os transparentes.
Amigos, os loucos.
Inimigos, os poucos.
Cores, o rubro.
Meses, outubro.
Elementos, os fogos.
Divindades, o Logos.
Vidas, as nossas.
Mortes, as deles.
Lista de Preferências (*).
Bertolt Brecht.
Versão de Edson Marques.
23.1.23
Luz de vela
Brilho de relâmpago
22.1.23
A censura ao telefone
Razões para sorrir
Razões para chorar.
Eu acredito sempre na supremacia da ternura. Escrevi esta frase na página 4 de um livro de Erich Fromm, onde ele analisa a Antígona de Sófocles. Eu a escrevi num momento de silêncio após ter almoçado uma deliciosa comida-surpresa, no Pedra Baiana. Coloquei açúcar hoje na salada e temperei com vinho. Me acham louco, também por coisas assim. Eu estava me lembrando de como os infelizes têm certas dificuldades de raciocinar com lógica, quando fui interrompido pelo dono do restaurante, que veio me cumprimentar, todo sorridente. O cozinheiro já tinha vindo antes, e os três garçons também. Não sei o que eles veem em mim. Talvez gostem de poesia ou talvez saibam que eu amo Henry Miller. Não sei. Mas eles são simpáticos e competentes. Leio mais um pouco, pago a conta, me dão balas, vou embora. O carro estava na sombra, felizmente. Resolvo então passar no Pão de Açúcar da Presidente Wilson. Escolho um vinho diferente, duas garrafas, só para experimentar; guaraná Antarctica, um leite Parmalat premium, um pedacinho de queijo, duas mangas. E entro na fila, cantando por dentro. Divagando... Será que vou à praia agora? Vejo um dvd do Sammy Davis Jr na gôndola ao lado e me lembro do meu pai, que gostava dele. A menina do caixa tem os olhos lindos. E os lábios dela, parecem da Angelina Jolie. Bem que eu beijaria... Alguém me liga, convidando pra jantar. Atendo e desligo. Não posso: tenho que terminar o desenho daquele projeto. Nossa, já são quase três horas! Acho que vou subir à piscina primeiro. Tomara que aquela gostosinha de Piracicaba esteja hoje lá de novo. Me lembro de algumas cenas do filme A filha de Ryan, que vi no TNT de madrugada. Olha, que loira linda ali, escolhendo melancias... Acho que vou...
Eis que acontece um insight: Na fila, atrás de mim, dois rapazes contam suas moedinhas... Meu mundo vira de ponta-cabeça na hora! Um deles trazia quatro salsichas num saquinho transparente. Será que vai dar, o mais novo perguntou. E o outro recontou as moedinhas, uma por uma. Acho que vai, responde, apreensivo. Duas lágrimas rolam dos meus olhos e eu tento disfarçar. Um monte delas caem de novo agora enquanto escrevo isto. Meu Deus: como pode nossa sociedade ainda produzir cenas como essa? Tanta complexidade só para comprar quatro salsichas?! Tanta dor e tanto sofrimento por causa de noventa e quatro centavos?! Tanta humilhação só para se matar a fome?! E meu coração me diz que devemos fazer alguma coisa... Então, peço-lhes, gentilmente, que passem à minha frente, e o que faço depois não é preciso contar aqui.
Isto aconteceu no dia 10 de janeiro de 2008, quando eu estava fazendo uma obra em São Vicente, SP, no Condomínio Brasil Colonial, e morava no Flat Paladium.
21.1.23
Será preciso ter um filho ?
Em duas ocasiões da minha vida eu já cogitei ter um filho. A primeira delas, aos 22 anos anos de idade, quando eu estava meio bobo de amor e até pretendia me casar com Edna, entre véus e grinaldas, conta conjunta e luas de mel. Mas essa vontade absurda logo passou, quando eu concluí que tais besteiras iriam danificar completamente a minha liberdade pessoal.
Depois, há pouco mais de dez anos, no dia 13.01.2013, eu tive a minha ideia 301, que é ter um filho -- mas agora de outra forma e com outro propósito. Será uma adoção. E ele já virá prontinho e saudável, com mãe, com tudo.
Mas ainda é só uma ideia, dentre as muitas que tenho. Na hora certa eu a implemento. Em janeiro de 2019 eu estava na ideia 703. Que eu tive no Itararé Hotel (onde fiquei morando por quatorze meses). No dia 22.01.19, lá mesmo, tive a ideia 701, que é um Projeto na Guiana, que eu daria início em julho daquele ano (mas não dei, porque em julho eu encontrei um novo grande amor, absurdamente enorme, e mudei completamente o rumo da minha vida). Será na área de construção civil, informática e talvez hotelaria. Depois, em 2020, eu já tinha outras ideias (*) e outras paixões amorosas, e ainda veio a pandemia. Mas mantenho o Projeto Guiana, agora talvez para dezembro de 2023. Talvez.
(*) Atualmente, janeiro de 2023, já estou na ideia 1267.
20.1.23
Coração brilhante
Aliás, eu fui preso.
Livro de poesia
E eu sonhei.
19.1.23
Pessoas que dizem amar
Existem pessoas que controlam o ser amado de uma forma irracional. Se pudessem, instalariam câmeras de vídeo no coração do ser "amado". Viram carcereiros. Desrespeitam a privacidade do ser amado. Vigiam, vergonhosamente. Jogam o jogo sujo do poder mesquinho, praticam chantagem emocional, agarram, prendem, oprimem, sufocam.
E chamam isso de amor...
Que horror!
Carta ao meu Pai
18.1.23
A vida é uma viagem
17.1.23
Adoro fazer o bem
Aula de lógica 3
Esta é uma das perguntas exemplares que faço em palestras a diretores e gerentes. E também a adolescentes ou estudantes da escola primária quando lhes dou uma breve aula de Lógica. Há outras. Tem uma alegoria interessante sobre papel higiênico que agrada muito ao público. Pois é, para falar de Lógica, não é preciso citar Bertrand Russell nem Aristóteles, nem falar difícil. É só despertar a curiosidade e provocar o encanto das crianças pela Palavra e pela Razão. Das crianças — e também dos adultos que ainda não perderam a vontade de aprender e questionar.
Tudo isso está no meu livro Lógica para Crianças, onde, na página 248, eu digo que, ao analisar as possíveis respostas à citada questão (queda no deserto), começo perguntando quantos litros tem um balde. Afinal, balde não é unidade de medida. Ou seja, a pergunta refere-se a balde do tamanho de um barril ou de um dedal? Se você caísse sozinho ou com mais pessoas? Outro dado importante: gelo do quê? De água ou, por exemplo, de amônia? E se for gelo de água, potável, ou não? O deserto seria de areia, como do Atacama, ou deserto de gelo, como na Antártida? Ao lado de um oásis, ou a 500 km da cidade mais próxima? Outra coisa que acaba determinando o resultado da queda: cair de que altura? Com paraquedas ou sem? De helicóptero, de avião ou de asa delta?
E assim por diante...
Como se pode notar, a pergunta lá no início foi intencionalmente mal formulada. E é o que sempre digo: nunca responda a perguntas mal formuladas.
16.1.23
Nota de falecimento
(*)
Desfaça-se o engano sobre a "notícia" da minha suposta morte — que afinal revela-se falsa. Felizmente! Felizmente para mim, pelo menos... Foi brincadeira de um grande amigo meu (talvez o maior), a quem pedi para publicar um texto aqui no blog, pois eu estaria longe da internet por dois ou três dias. Sugeri que ele pegasse um parágrafo qualquer do meu livro Lógica para Crianças (que será logo mais publicado pela Pandabooks). E ele fez exatamente o que eu pedi! Apenas alterou "teu pai" por "o poeta". /// Em respeito aos leitores que, por causa do texto acima, foram levados a pensar que eu havia morrido, vamos a algumas explicações:
Nesse meu livro citado, eu procuro ensinar às crianças que jamais respondam a perguntas mal formuladas. O livro quase todo é um diálogo entre um pai e seu filho adotivo (nessa fase com seis anos), em situações da vida cotidiana. Na página 144, logo após a criança ter respondido (corretamente) à pergunta sobre a quantos graus a água ferve ("depende o grau e depende onde"), e enquanto o pai explica (em espanhol) as funções da Rainha no jogo de xadrez (porque assim a criança aprende a língua enquanto aprende o jogo), o pai resolve fazer-lhe (em português) uma pergunta sobre Lógica:
— Filho, se te disserem hoje à tarde que teu pai sofreu um acidente na descida da Serra, o que você vai pensar?
— Eu primeiro vou perguntar se foi um acidente fatal, ou se só quebrou o para-choque ou a roda do carro...
— E depois?
— Depois eu vou perguntar se foi meu pai biológico ou se foi você...
Vejam que resposta genial essa criança deu!
E o diálogo continua.
— E se você, no intervalo das aulas, recebe um bilhete da professora com um texto assim: "Teu pai sofreu um acidente na descida da Serra, pela Imigrantes. O corpo está sendo velado no Velório Municipal do Guarujá. O enterro será hoje às 17h no Cemitério da Consolação, em São Paulo. A família enlutada agradece as manifestações de pesar."?
— O que significa "enlutada"?
Depois que o pai explica o significado do termo ainda desconhecido, a criança continua:
— Se o acidente não foi fatal, o corpo no cemitério não é você...
— E se o acidente foi fatal?
— Ah... Daí eu acho que vou chorar...
Então eu dou um beijo na testinha dele, e ele me dá um xeque-mate!
Claro que eu deixei ele vencer... Afinal, eu quero que ele seja um vencedor.
Estou escrevendo esta ressalva na madrugada de 15 e na manhã de 16.01.2013. E revisando em 16.01.2020. E republicando hoje, 16.01.2023.
15.1.23
Que falta me faz uma luneta
Que falta me faz uma luneta!
Não há nuvens na minha geografia — são espumas flutuantes num céu que me descobre.
Certezas cotidianas
Mas tudo de modo amoroso e sem perder a ternura jamais.
14.1.23
Sonho da Mãe
Duas ou três gotas de Champagne
Como em liturgia, sussurro uma breve oração poética, uma prece de amor, e teu instinto felino salta por sobre os meus propósitos. Nossas humanas emoções se instalam de repente, porque tua inocência é o maior afrodisíaco. O infinito brilho nos teus olhos me fascina — outra vez — e então concluo que viver não tem limite:
Sinto-me agora como se Deus derramasse mil flores recém-colhidas na minha cabeça.
Só me resta beijar tua clavícula, meu amor.
Tua clavícula..
13.1.23
Colher o que plantou ?
Portanto, é falso aquele ditado que diz que a gente sempre colhe o que plantou...
Analista de circunstâncias
Deu certo.
12.1.23
Lógica e Poesia
Veja o que é a Divina Proporção.
Capela da Mãe
Minha ideia 469.
Acho que foi o espírito do Niemeyer que SUBIU até Mim. Do Niemeyer e daquele Outro Arquiteto, que, dizem, desenhou este Universo...
A propósito, eu e minha Mãe nunca brigamos. NUNCA. Ela nunca me deu nem sequer um tapa, nem sequer um puxão de orelhas. Ela nunca me viu bêbado. Eu nunca gritei com Ela, e Ela nunca gritou comigo. Nós nos respeitávamos, mutuamente. Portanto, Ela só teve razões para me abençoar. Todos os dias... Sempre fui (ainda sou, e sempre serei) o filho predileto dela. Por isso esse meu Sucesso Absoluto como ser humano.
11.1.23
A beleza do resultado
Vale do Anhangabaú
Já desenhei muitos projetos, já tive muitas ideias, já escrevi muitos poemas olhando por esta janela. Esta janela me encanta.
É a vida...
(*) Era o dia 22 de Março de 2014.