14.12.25
Estrategista
Restos mortais
Eis aquela pergunta que eu ia te fazer, mas que por delicadeza não faço:
13.12.25
Casa Azul Gastronomia
Meio pacotinho de Miojo, com sobras do torresmo que eu trouxe do Gaúcho, champignon e molho de tomate sem pele. E queijo ralado Faixa Azul.
Além de saber cozinhar ... eu escrevo poesias ... e construo jardins.
12.12.25
Minha Filosofia de Vida
Acontece que a liberdade assusta. Essas pessoas estavam quietinhas, sossegadas em sua própria escravidão emocional, aninhadas nos seus próprios preconceitos, abraçadinhas às suas crenças opressivas — e eu venho lhes dizer que a liberdade é possível. Eu venho lhes dizer que o amor é possível. Que a felicidade é possível.
Então, elas começam a se questionar. Começam a rever os seus conceitos... Algumas criam coragem e chutam seus medos inexplicáveis. Suas cabeças viram corações enlouquecidos. Suas estruturas, antes tão estáveis, começam a ruir. Suas bases tremem. Relações se desfazem com facilidade espantosa. Seus "amores" perdem o sentido. Seus deuses dançam...
Porém, nem todas estavam preparadas para esse fascinante mundo novo que se abriu de repente. E algumas querem de volta o mundo antigo. Porque sentem falta da segurança, daquela quietude, daquela paz de cemitério. Daquela velha vida. Sentem falta da comodidade. Afinal, ser livre dá trabalho... Muito trabalho.
Mas ser livre é uma delícia.
Experimente!
9.12.25
Como será teu último dia ?
Quero agora te propor uma aventura:
Faça tudo o que você mais gostaria de fazer hoje — antes de morrer. Dê um pouco de atenção àquilo que realmente importa. Desfaça-se de tudo que não presta. Jogue fora todas as quinquilharias. Desapegue-se das bugigangas. Despreocupe-se. Olhe bem as tuas coisas, avalie calmamente os teus sonhos e projetos, sobrevoe o teu mundo. Despeça-se (mentalmente, se for o caso) dos teus amigos e dos teus amores preferidos. Em seguida, escolha os maiores prazeres que você puder imaginar — e sinta-os, em todos os Sentidos. Procure cometer até mesmo aquelas pequenas loucuras que você vem sempre adiando — por medo, por vergonha ou por preguiça.
7.12.25
Elogios e críticas
Algumas considerações sobre os meus pontos de vista
Como toda pessoa com posições seriamente democráticas — no sentido grego da expressão — eu aceito tanto as críticas positivas quanto as negativas a respeito do que sou, do que penso, e do que faço. Todas elas são, por definição, simples manifestações de opinião — e todas, por isso mesmo, igualmente passíveis de serem verdadeiras ou falsas. Com base nessa premissa tão elementar eu concluo que seria irracional privilegiar umas em detrimento das outras.
Embora (como para todo mundo, suponho) certos elogios me sejam mais agradáveis do que as críticas negativas, costumo ver nestas um sinal — e acabo valorizando-as até mesmo um pouco acima daqueles. Primeiro, e só para efeitos de raciocínio, suponho-as desinteresseiras e com algum valor de verdade. Procuro entendê-las no contexto, racionalmente, a partir de uma certa e segura distância brechtiana. Se ocorre não concordar com algumas delas, mas se também consigo refutá-las com sucesso — ainda que apenas mentalmente — deixo-as de lado, e sigo em frente no que faço, no que sou e no que penso, livremente.
Decididamente.
Porém, se tais críticas são bem formuladas e tocam meu coração de alguma forma; se perdura em mim uma certa sensação de que as mereço realmente — não as desprezo, não as esqueço, nem tento desqualificá-las de modo algum. Então, nesse caso, a partir delas e sensatamente, procuro tomar providências, mudar concepções, aprimorar o que faço e melhorar o que sou — como ser humano, como filho, amigo, amor, amante ou companheiro de jornada.
O mesmo raciocínio vale para os meus textos e poemas. Para as paredes que eu desenho, as fotos que eu faço, as relações que mantenho, os projetos que apresento, os pratos que eu cozinho, as idéias que proponho, as atitudes que tomo, e os livros que eu escrevo.
Claro que vale também para essas múltiplas gostosuras que vivo compartilhando com todos os meus amores principais.
Essa abertura poética na cabeça dançante é que torna minha vida uma aventura inesquecível.
Extraordinária.
E finalizo com um breve texto que escrevi em 1984 — inspirado por Nietzsche — logo após terminar minha primeira leitura do seu genial livro Assim Falava Zaratustra:
Não existem verdades definitivas, inquestionáveis. O que existe são interpretações elaboradas sobre determinados aspectos da realidade — comprováveis ou não — mas necessariamente condicionadas pelo ponto de vista, pelos interesses, pela visão do mundo, e pela capacidade intelectual de quem as propõe.
Imagine que hoje é teu último dia de vida.
5.12.25
Frases 441 a 455
441. Os saudáveis enlouquecem. Os outros ficam por aí, parecendo normais.
442. É uma delícia desfazer planos que os outros, à nossa revelia, nos fazem.
443. Se Jesus fosse casado, a Humanidade teria desperdiçado um Deus.
444. Prefiro ser um gladiador ensanguentado a ser um boi feliz.
445. Quanto mais insustentável for uma relação, mais difícil é sair dela.
446. Só quando cedemos à suprema Tentação é que atingimos a gloriosa Santidade.
447. Sempre que possível, deixo o oponente supor que me venceu.
448. O Pico é uma delícia. Por isso todo grande amor tem que ser deixado no Pico.
449. Temos que ser infiéis às nossas convicções — ou não mudaremos nunca!
450. Eu descubro as verdades: adoro vê-las nuas.
451. O ciumento quer o olho. Os amantes, os olhares.
452. Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
453. Eu não vim distribuir água: eu vim distribuir sede.
454. Borboletas mortas não precisam de asas.
455. A raiva é apenas a conclusão desastrada de um raciocínio imperfeito.
3.12.25
Reflexões na Casa Azul
Como se vê, tudo é relativo.
2.12.25
Teoria do Acaso
A partir de agora, tudo o que acontecer na tua vida será por acaso.
Ela compreende os meus gestos, mesmo quando parados no ar. Ela me aceita como sou, inteiramente. E me faz acreditar, cada vez mais, que o verdadeiro amor é a união gostosa de duas espontaneidades, a fusão poética de dois devaneios.
30.11.25
Minha maior conquista
O domínio absoluto sobre os meus estados de espírito é a minha maior conquista como ser humano. Tenho independência emocional. Há mais de quarenta e oito anos que não perco a calma. Há mais de quarenta e oito anos que não produzo adrenalina desnecessariamente. Não brigo, não xingo, não bato. Não sinto raiva nem ódio, nem ciúmes, nem rancor. Não me irrito por absolutamente nada. Nunca tive mau humor. Não tenho nem sequer aqueles nozinhos horrorosos na garganta. Não me descontrolo jamais! Não há motivos racionais que possam me abalar. Não discuto nada, a não ser filosofia. Filosofia e política. E arte. E sou amorosamente zen...
Como consigo tal façanha? — você pode perguntar.
É muito simples: Dou valor secundário às coisas secundárias. E considero secundário tudo aquilo que não é fundamental... Tudo aquilo que não tem poder de causar mudanças significativas no rumo da minha vida. Considero secundário tudo aquilo que não me traz felicidade.
É muito simples — e é uma delícia!
Experimente.
29.11.25
Gramática do Amor
28.11.25
Teoria do Acaso
Não fosse por isso, eu não teria nem nascido — e não estaria aqui, agora, à beira do mar, tomando um belo copo de vinho vermelho e contando essas coisas pra você.
Foi assim que começou a minha vida.
27.11.25
Eu abro todas as gaiolas
Tem dias que eu tento conter este divino coração que salta profundo de mim, e que me beija dançando de dentro pra fora. Amantíssimo, poético, livre — e meu: eis o meu coração, meu amor: escancarado em teus braços... Porque em mim agora não existem outras estações. A primavera toda cresce dentro do meu peito, e as flores já não murcham mais. Sou um trem desgovernado em direção ao interior. Zen, vazio de tudo mas cheio de graça, com seu louco motivo e doce razão. E o apito sinuoso que se ouve daqui, reto, respeitoso, se curva.
Também não quero que me considerem muito original: eu apenas repito o que me dizem os pássaros livres no quintal azul da minha Mãe. Transformo em português, literalmente, os cantos que eles cantam para mim. E repito-os para que vocês possam ouvi-los de verdade em nossa língua. Às vezes, quando chove chuva e o canto deles vem molhado, limpo um pouco o seu trinado, acrescento algumas notas, pinto-as de vermelho, reescrevo a melodia. E transformo o bem-te-vi em bem-te-vejo. O beija-flor em minha estrela. O pardal em perdão, o tiziu em tesão. E abro todas as gaiolas.
Todos os dias.
25.11.25
André e as promessas
André era um menino de sete anos que eu conheci certa vez num sítio em Pedra Branca, SP. Ele tartamudeava e era extremamente tímido, talvez por isso mesmo. Filho único de um casal de caipiras, quase mudos, muito pobres. André queria falar. Quando lhe perguntávamos alguma coisa ele tentava responder, mas só saíam grunhidos ansiosos, tristes... Ele gaguejava vogais anasaladas. O que ele sabia bem era reproduzir o som das galinhas, do porco, do cavalo e dos passarinhos. Ele imitava bem os animais e as aves. O jacu, o bem-te-vi, a sabiá...
24.11.25
Solidão ou solitude
Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.
22.11.25
Adoro a Ilha Porchat
São 16h09. E a tarde ainda é cedo.
Era o dia 03.12.2010 na praia, em frente à Ilha Porchat. Eu estava pensando em ir ver minha Mãe no então próximo aniversário dela (o que realmente fiz em 01.01.2011, a partir de quando fiquei 26 dias na casa Dela). Dê um click na imagem lá de cima para ver o texto todo e as outras fotos.
Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.
21.11.25
O pico de novo
Mas a maioria morre sem sequer conhecer o pico, e tem gente que chama de pico o que não passa do sopé de uma colinazinha ali na esquina...
O que proponho com minha concepção de amor pode parecer um absurdo, mas é assim que penso, realmente. A lembrança de um grande Amor é infinitamente melhor que o risco de vê-lo morto em meio ao tédio. Portanto, separem-se no pico.
Essa questão do Pico do Amor, e da melhor forma de deixá-lo ou não, é bastante complexa. Mas acho que a melhor solução é aquela dos alpinistas: Chegando lá no alto, no pico do K2, fincam uma bandeirinha, curtem seus momentos de glória, entram em transe... e descem para uma nova aventura, uma nova conquista. Depois, vão ao Everest, etc. Pode até ser que um dia voltem ao K2, quem sabe.
Mas, se ficarem lá para o resto da Vida, perde a graça...
Perde completamente a graça!
Eu acho.
Mas cada um é cada outro...
19.11.25
Deus é um escritor
Quando eu era bem criança, diziam-me que Deus escreve no livro da nossa vida todas as coisas que fazemos. Esse livro deve ser enorme, eu pensava. E o pior: no dia do Juízo Final tudo seria revelado. Nada seria mantido em segredo — nem mesmo aqueles pecados maravilhosos que cometíamos, eu e Marina, no escuro do meu quarto, de portas fechadas e respiração suspensa. Só não me disseram que as páginas desse livro estão guardadas em nosso próprio coração. E que o Deus que escreve nelas somos nós mesmos. E que nada vai se apagar porque a tinta é indelével: escrevemos com sangue.
Sorte que, com a ajuda de minha Vó Vitalina, descobri cedo, e fui concluindo pelo lado certo. Ou seja, a hipocrisia me jogaria no abismo do inferno — mas a espontaneidade me salva. Por isso é que eu digo: Deus vê tudo o que você faz, porque Deus está lá, onde está o teu coração. Se você agir certo, será recompensado por teus atos. Não é preciso contar pra ninguém: Deus está vendo tudo. Mas, se agir errado, se você for injusto, cruel, insensível, hipócrita, ciumento — o Deus que te habita vai te foder. Mais cedo ou mais tarde, de um jeito ou de outro, Ele vai te foder! Desse Deus nada se oculta... Absolutamente nada.
Portanto, não adianta fazer nada escondido: Deus vê tudo. Essa é uma das metáforas mais criativas da mitologia cristã: Deus é Você, e nada do que faz pode ser feito sem que você mesmo saiba. E quem registra tudo no teu livro é você — que é Deus! Se contrariar a tua própria natureza, você mesmo é que vai registrar esse pecado no teu livro. Se disser uma mentira qualquer, não é preciso que os outros a descubram: — ela fica imediatamente registrada no teu próprio coração. E no inconsciente, é claro.
18.11.25
Razões para casar
Toda relação é restritiva — por definição. O que varia é o grau de restrição e os propósitos mútuos dos que se relacionam. Mesmo as relações comerciais são restritivas, posto que fundadas em mútuas concessões. Eu te dou um desconto — e você só compra de mim. No casamento ocorre a mesma coisa. Eu tolero a tua cerveja e o futebol, e você não reclama por me ver descabelada. Eu só transo com você, e você não sai com mais ninguém. Você me dá um desconto, que eu te pago à vista. E por aí vai.
É uma troca, simplesmente.
Também influem os objetivos imediatos ou remotos de cada um, além da sua (i)maturidade emocional. Emprego está difícil, vou me casar. Quero ter um filho, e preciso de alguém que o produza, eduque, ou sustente. Quero sair da casa dos meus pais. Quero morar com meu atual namorado ou namorada. Quero alguém para ser a projeção da minha mãe. Quero ajudar alguém. Quero que alguém me ajude. Quero ter a chance de exercer minhas ganas autoritárias. Quero constituir uma família. Quero ser respeitável. Quero voltar a ser santa. Quero uma empregada doméstica. Quero seguir a tradição. Enjoei do meu estado civil original. Quero reproduzir a relação dos meus pais, exatamente igual — ou corrigindo-a. Quero mudar de vida. Quero melhorar a vida. Estou apaixonada. Quero desperdiçar minha vida. Cansei de ser livre. Quero me regenerar. Quero fazer uma grande besteira. Quero fazer uma besteira monumental. Nosso casamento será diferente. Quero fazer amor todo dia. Quero ser feliz. Quero engordar. Quero deixar completamente sem graça a minha vida sexual... Etc.
Como se vê, razões para casar é o que não falta.
Porém, no casamento tradicional, há quase sempre um componente meio maldoso que, contraditoriamente, estraga muito a relação — exatamente para tentar mantê-la em pé: ou seja, o ciúme. Esse sentimento horroroso chamado ciúme. Mas aí já é outra história. /// No livro Solidão a Mil eu escrevo algo mais sobre essa minha tese.
Texto originalmente publicado em Abril de 2008 - Guarujá, quando eu estava reformatando meu quinto casamento. Em verdade, refinando a relação. Para que aquele amor não morresse no Pico. Como aliás não morreu, posto que cada um de nós prosseguiu, livremente, no seu respectivo e amoroso caminho florido.
16.11.25
Joyce Ann
Basicamente, ela chegou a essa conclusão porque, nesses trinta anos, nunca me viu triste. Nunca me viu brabo, nem ansioso, nem desesperado. Nunca me viu desequilibrado emocionalmente. Nunca me viu brigar com ninguém. Nunca me viu doente. Nunca me viu reclamar de coisa nenhuma.
Ao contrário:
Ela sempre me viu alegre, sorrindo, cordial, empático, simpático, compreensivo. Sensato. Bem-humorado. Racional. Carinhoso. Criativo. Solidário. E ainda comunista chinês...
Ou seja, comparativamente aos demais, eu não pareço ser humano... rs!
E estamos completando quase trinta anos de convivência extremamente harmoniosa. Intensa. Quatorze anos na mesma casa. Mais treze anos no mesmo prédio. E nos três últimos anos (quando ela engravidou da Lunna) a convivência é quase toda virtual, com conversas geralmente diárias... Longas. Gostosas. Alegres.
Nunca brigamos.
🩷
Vou pedir pra ela gravar um depoimento sobre isso.
Chegamos a trabalhar juntos, no total por mais de quinze anos, em quatro das empresas que abrimos:
A NorteSul, a PortoBelissimo, a Primeira Construtora e a Calçadas do Brasil. E ainda vamos abrir mais algumas.
🟩🟩🟩
E eu adoro que assim seja!
16.11.2025
Outras justificativas dela para ter chegado a essa conclusão podem ser vistas em:
🟩🟥🟩
Minha Mãe também pensava isso a meu respeito.
Mais detalhes em
***
15.11.25
Declaração de amor à Vida
Não jogo minha própria vida em troco de salário, prestígio, poder, posses, coisas, tranqueiras. Não permito que me roubem esse único presente que tenho — em troca de um futuro que nem sei se vai haver.
Faço só o que me dá prazer — e apenas pelo prazer. Sem nenhuma maldade. Sem dor, sem pressa, sem esforço desumano, sem mágoas, sem ciúmes, sem cansaço e sem pressões. Sem explorar quem quer que seja.
E isso não é um mero jogo de palavras: Eu sou assim.
Sou o dono do meu tempo.
Sou o diretor da minha Vida.
E não deixarei de amar os meus amores em nome de nada!
13.11.25
Duas ou três gotas de Champagne
Como em liturgia, sussurro uma breve oração poética, uma prece de amor, e teu instinto felino salta por sobre os meus propósitos. Nossas humanas emoções se instalam de repente, porque tua inocência é o maior afrodisíaco. O infinito brilho nos teus olhos me fascina — outra vez — e então concluo que viver não tem limite:
Sinto-me agora como se Deus derramasse mil flores recém-colhidas na minha cabeça.
Só me resta beijar tua clavícula, meu amor.
Tua clavícula..
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