18.8.25

As quaro coisas

Eu hoje te desejo as quatro coisas mais importantes do mundo: Tempo, Amor e Liberdade — e uma saúde inabalável!


E o meu conceito de Saúde vai muito além do corpo meramente físico. Não basta ter um corpo em forma, com tudo funcionando bem. Não basta ter o cérebro e os rins, o coração e as glândulas, as artérias e os músculos, o pulmão e o fígado — todos os órgãos, enfim — funcionando bem. É preciso também ter um crescimento emocional, intelectual e, principalmente, espiritual. Aliás, para mim, a Vida de um corpo (qualquer corpo) consiste na presença gloriosa do Espírito. Sem este, aquela se vai.


Mas às vezes me perguntam por que eu defendo como indispensável o crescimento intelectual — além do emocional e do espiritual. Minha resposta: porque a burrice também é uma doença. Tão imperdoável quanto a ira, a gula, o ódio, o ciúme, a inveja, o apego e a maldade. As igrejas costumam chamar essas coisas todas de "pecados", mas para mim são apenas doenças. Curáveis... Plenamente curáveis. Basta que o doente cresça. Emocionalmente, intelectualmente e espiritualmente. Fácil? Não muito. Mas não impossível.


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16.8.25

Mas posso perder a liberdade

Sou livre, mas tão livre, que posso inclusive arranjar a qualquer momento um grande Amor, e me apaixonar tão profunda e deliciosamente — mesmo sabendo que esse processo todo vai depois, contraditoriamente, acabar ameaçando a minha própria liberdade..




14.8.25

Meu Destino

Meu destino é viver na arena, dançando entre leões famintos.

É um perigo, eu sei.

Porém, nos intervalos das lutas, sorrindo, tomo sempre um vinho rouge no gargalo colorido das garrafas de cristal.

Talvez um dia eu acabe até morrendo na arena, quem sabe.

Acontece que, antes de "morrer" na arena, eu VIVO na arena — e isso faz toda a diferença.




Meu coração precisa de sangue, não de capim.



Depois eu conto aqui essa questão das minhas mortes e das três ressurreições.


12.8.25

A fervura da água

Hoje eu vi uma cena impressionante: Joana fazia o café quando sua filha, a Lunna, lhe perguntou:
— Mamãe, quanto tempo demora pra ferver a água?
— Uns dez minutos — ela respondeu, dando o assunto por encerrado.
E a menina ficou ali, sentadinha ao lado da mesa, imersa em dúvidas e olhando para a fumaça que saía pelo bico da chaleira, enquanto a mãe se afastava para abrir a geladeira. Como se pegar um pote de manteiga fosse mais importante do que dar uma aula de lógica à filha... E eu fiquei pensando que deveria existir um "Curso de Mãe". Obrigatório. A nenhuma mulher seria concedido o direito de ter filho se não passasse, com louvor, nos exames desse curso. Enquanto não souber a diferença entre vitaminas hidro e lipossolúveis, por exemplo — não tira o diploma. Enquanto não ler e entender o livro A Nova Criança, não tira o diploma. Enquanto não conhecer um pouco de Freud nem ser capaz de falar em duas ou três línguas com o filho (ou a filha) — não será aprovada. Nesse caso, a possibilidade de ter filhos será zero. Absolutamente zero!



Eu sei que o que proponho é algo ideal. Nem tudo são flores na vida das pessoas. Nem todos têm chance de preparar-se, de refinar-se. O sistema acaba atropelando quase todo mundo. O tempo é escasso. As pressões são infinitas... Eu compreendo. A inteligência emocional é coisa rara. /// Essa história continua. Mas o texto ficou longo demais, e ainda não decidi se vou publicá-lo todo aqui. Eis mais um pedaço:


Entretanto, se passar nas provas, ela, além de boa mãe, ficará inclusive mais esperta para escolher o marido... Mas, voltando à fervura, eu não interferi nessa questão porque não sou o pai da Lunna. Sou apenas o padrinho honorário dela. E eu a chamo de minha irmãzinha...
 
(...)

Não é o caso da Joana, mas a grande maioria parece que faz filho com uma naturalidade quase escandalosa... Sem projeto algum. Sem responsabilidade alguma. Sem planos para o destino do fruto. Mas essa é outra história. Quero voltar à pergunta da Lunna, e às lições que dela podemos tirar.


Coloquei-me, então, mentalmente, no lugar da atarefada Joana (que, ressalto, é uma mãe amorosíssima). Ao ouvir a pergunta da filha, eu largaria tudo que estivesse fazendo e me sentaria ao lado dela. Desligaria o fogo, pegaria nas mãozinhas da Lunna, olharia bem no fundo dos olhinhos dela, e lhe diria, sorrindo:
— Filha, o tempo de fervura da água é variável. Depende de uma série de fatores... No Guarujá é diferente de Cochabamba...
— Onde fica Cochabamba, mamãe?

(...)


Lunna com cinco dias de palco.

Esse texto foi originalmente escrito no Guarujá, em junho de 2012, e eu estou atualizando a trama para incluir a Lunna, e trocar a Joana pela Joyce, numa hipotética situação futura. Quero aproveitar o tema. Ainda estou revisando.
13.08.25.





11.8.25

Alexandre, o Grande

Alexandre, o Grande, com menos de 40 anos já tinha conquistado o Mundo.
Mas, com menos de 50 já estava morto...
Será que adianta?

🟥🟥🟥🟩🟥🟥🟥

Reformulando, para que seja melhor compreendido. Claro que tem gente que morre antes dos 50 sem ter conquistado coisa alguma. Mas não é esse o foco desse meu texto. Eu me refiro ao desapego como algo superior à ganância. Eu me lembro de Diógenes preferindo o sol à sombra de Alexandre. Eu me lembro de Jesus e seus lírios do campo e seus pássaros no céu. Me lembro de Henry Miller indo à Europa com vinte dólares atrás de um sonho. E me lembro de mim (que escrevo poesias em vez de fazer uma casa) e também de você (que encontra tempo para ler um poema, em vez de seguir o rebanho).

Foto minha feita por Claro Jansson.


10.8.25

Dia dos Pais

Ele era o símbolo da autoridade, e eu — da rebeldia. Nenhum de nós dois gostava de repartir a liderança. Eu não nasci pra ser segundo, e ele abominava a ideia de não ser o primeiro. Então, quando fiz dezessete nos separamos: eu vim estudar filosofia, e ele continuou um ótimo comerciante. Foi só então que começamos realmente a conversar sobre a Vida. Depois, com o tempo, nos tornamos amigos. Hoje, somos amantes.


Como não tenho filhos (e nem pretendo tê-los tão cedo), escrevi um breve texto sobre meu Pai — homenagem ao seu dia. Leia-o AQUI.


A maior lição que ele me deu.


9.8.25

As medidas que a vida tem

Morei por quase dois anos no Morro do Sorocotuba, no Guarujá. Lá de cima, da janela do oitavo andar, eu costumava ficar olhando as árvores se moverem ao sabor do vento. Cheguei sempre a ter certeza de que conversava com algumas delas, de longe, amorosamente. Também sabia que não estava louco, nem pirado. Nunca me considerei louco, nem quando, às vezes, fazia pontes para as formiguinhas na descida para a praia. Elas, coitadinhas, não conseguiam atravessar o regato cantante que tem lá. Eram cento e oitenta degraus que me amparavam naquele caminho florido e verdejante.

A praia é bem pequena e sossegada. Foi nesse lugar que mantive as melhores relações comigo mesmo. Ainda volto a esse pico um dia desses. Por uns tempos. Foi por volta de 1998. O zelador era o Sr. Eduardo, budista – de quem tenho saudades. A visita constante era Ana Paula, uma das meninas mais delicadas e cultas que já vi em toda minha vida. Costumava pedir-me que lhe tirasse as medidas do corpo, das pernas, dos seios. Como não tínhamos fita métrica, eu usava as alcinhas do sutiã dela, e simulava contar os centímetros. Duas ou três vezes por semana eu lhe tirava as medidas, e até as anotava numa agendinha com coraçõezinhos na capa. Ana Paula, quinze. Uma delícia inesquecível.
(...)

Página 237 do meu livro Beijos no Céu da Boca.
💙
Só os 15 dela é que são ficção.
O resto é tudo verdade.
👆



7.8.25

As cascas das relações

Eu falo certas coisas tão óbvias, que às vezes rio de mim mesmo. Não pelo que eu digo, mas pelo poder que essas minhas obviedades têm de chocar certas pessoas. Ninguém deveria se espantar com essas coisas que eu escrevo. Eu apenas reproduzo o que, no fundo, é natural. Eu tiro as cascas que me parecem horrorosas dessas relações fechadas que eu vejo por aí — e mostro-as abertas. Exatamente o que todos deveriam fazer. Por exemplo, no almoço de ontem, eu disse que o homem casado, via de regra, não consegue satisfazer plenamente a sua esposa porque seu repertório de novidades é geralmente minúsculo. Falta-lhe criatividade. Acontece que nem mesmo um Einstein seria capaz de criar tantas novidades, todo dia, para suportar um casamento em alto nível. Então, o tédio se instala de modo cruel e fatal...

Por isso o homem casado quase nunca consegue manter-se por muito tempo como um amante esplendoroso da sua própria esposa. Mas o coitado vê num filme de amor que pétalas de rosas vermelhas jogadas num lençol de cetim são uma coisa excitante. Abrir um champagne ao lado de um pratinho de morangos, colocar música romântica, perfumes no travesseiro, essas coisas... Acontece que a criatividade do infeliz não vai além disso. O fato de ter casado (e aceitado um casamento tradicional, quase sempre opressivo) já é uma pequena demonstração de baixa criatividade.


Voltemos ao champagne com morango. Experimente repetir essa cena maravilhosa trinta dias consecutivos — com a mesma mulher — e veja o resultado. Claro que depois de quatro ou cinco dias ela vai ficar desesperada. Com o saco cheio de tanto morango, enjoada de champagne para o resto da vida e com o coraçãozinho entupido de pétalas vermelhas... Ela pode inventar até uma "depressão" pra se livrar do horror. E você vai ser ridicularizado, e virar um fracasso.

Agora, repita essa mesma operação romântica e poética com trinta mulheres diferentes — uma por dia.

Você fará trinta sucessos.


Trinta sucessos!


6.8.25

Casa Real virtual

Estou morando numa casa que tem tramela, uma corruíra canta ali na laranjeira e a tampa da chaleira de alumínio começa a tremer lá no fogão de lenha. Nenhum silêncio que não seja o agradável. Um tiziu aveludado toma a decisão de me encantar, saltando vertical no palanque do portão. E eu fico aqui pensando. Se a gente não nasceu num lugar assim, como esse, bucólico, meio oriental, pode ainda ter a sorte grande de renascer num parecido. Sinto-me hoje um louco Hermann Hesse cultivando rosas e alfaces, tocando clavicímbalos ao lado de um pé de lírio, e deitado eternamente no meio de um jardim, no quintal da minha Mãe.


A bem da verdade, minha casa não tem tramela nem palanque no portão. Aliás, minha casa nem é minha. E fogão de lenha já não vejo há muito tempo. Mas eu toco clavicímbalos até que bem, cultivo rosas e alfaces num canteiro de estrelas, e vivo mesmo num jardim... E o tiziu aveludado imaginário é quem conta essas coisas todas tão malucas e amarelas para mim. Acordei hoje cedo num hotel brilhante no meio do Rio (*), sem saber de onde vim, nem pra onde vou. Talvez foi isso que me fez lembrar do fogão de lenha da Vó Vitalina e do quintal da minha Mãe.

(*) Rio que corre por dentro da Pedra. Ita. Araré.


Texto escrito em 15.02.2021




5.8.25

O mundo é uma corda bamba

Eu me equilibro nesse ofício lindo de ser solto, dançar sempre livre na corda colorida de seda bamba, saltar todas essas linhas sinuosas imprecisas e depois desfilar com minha alma poética numa aventura emocionante pelos versos desta vida.

Eu sempre me equilibro neste desgovernado instante doce em que o mundo se desfaz em circo, e o eterno se compõe trapézio. Neste inexato momento lúcido — racional e amoroso — em que só sei que não sei nada.




4.8.25

À memória de um amor

Então, volto ao presente e me questiono. Se meu amor é diferente a cada instante, como poderei te amar a mesma todo dia? Como repetir outra vez e outra vez o meu risco brilhante na tua escuridão incendiada?

Ontem comprei flores para recordar o nosso amor; hoje, um frango assado faz lembrar-me de você. Ontem, chorei ao rever as nossas fotos; hoje, tomo vinho num corpo de cristal e já não sei se me arrependo. Ontem, fiquei sozinho no meu quarto; hoje, uma deusa nova me espera em nossa cama, e me sorri. Ontem, chorei demais a tua ausência; hoje — nem sequer me lembro de você. Parece ser verdade: Quem ama só se realiza ao superar a própria memória do seu amor.


A toalhinha de crochê que minha Mãe fez pra mim.

2.8.25

Sou minha Flor


Click na imagem e veja detalhes do livro


Autoria de Paritosh Keval
Paritosh é para mim o que Louis Lambert foi para Balzac.
Esta edição antecipada já está à venda. São 222 páginas - 12 Capítulos - 114 Versículos.

Sou o autor da minha peça e o próprio personagem. Sou a dança e o bailarino, a música, o regente, o compositor. A ternura mais vermelha e delicada, o lóbulo da orelha do meu amor. O beijo e o orgasmo, a delícia e o licor; o êxtase e todas as auroras que ainda vão chegar. Sou o céu estrelado, a língua do horizonte — e mais além. Sou o sagrado e o profano, o profundo e o supérfluo, a origem da tragédia, o brilho e o pó. Sou mínimo e tanto, sou pouco e princípio, paixão, excesso e glória. Sou infinito no teu entusiasmo, e a penúltima labareda de uma espécie de fogo em extinção. Sou eterno relâmpago, amor: passageiro. Uma gotinha de chuva, um pingo de mel, uma pétala de estrela. Sou eu: minha Flor.


Esboço da capa original.

31.7.25

Quero-te cúmplice

Se não rompermos os limites que alguns dizem existir, nunca atingiremos a felicidade. A felicidade está sempre além de algum limite imposto a nós — nunca antes dele. Acontece que no caminho da vida há circunstâncias que eu mesmo crio por ser livre, e outras que me caem na cabeça feito um manto espesso. Ao aceitá-las, as que crio e as que outros criam para mim — acabo tornando-me responsável por todas. Sou cúmplice do que me ocorre. Há uma vasta teia de relações que mantenho, milhões de papéis que assumo e desempenho — alguns agradáveis, outros não. Porém, quando, supondo-me livre, não reajo no sentido de escolher só as circunstâncias agradáveis, e continuo mantendo relações que me oprimem — sou o único responsável por isso.


Não será esse também o teu caso?


Temos que ler os sinais que a vida nos dá.

— E entendê-los.



Tomando café com minha Mãe no Hotel.



30.7.25

Como será o teu último dia ?

AVENTURA

Quero agora te propor uma aventura:

Faça tudo o que você mais gostaria de fazer hoje — antes de morrer. Dê um pouco de atenção àquilo que realmente importa. Desfaça-se de tudo que não presta. Jogue fora todas as quinquilharias. Desapegue-se das bugigangas. Despreocupe-se. Olhe bem as tuas coisas, avalie calmamente os teus sonhos e projetos, sobrevoe o teu mundo. Despeça-se (mentalmente, se for o caso) dos teus amigos e dos teus amores preferidos. Em seguida, escolha os maiores prazeres que você puder imaginar — e sinta-os, em todos os Sentidos. Procure cometer até mesmo aquelas pequenas loucuras que você vem sempre adiando — por medo, por vergonha ou por preguiça.



E lembre-se: só hoje é hoje.

Por isso é que HOJE tem que ser um dia inesquecível!



O piso que eu ajudei a construir.

29.7.25

Meu cérebro sorrindo

Meu coração aplaude sempre as escolhas loucas que meus olhos fazem. E eu prossigo cavalgando propósitos — de ponta-cabeça — como se a Vida fosse uma potranquinha, puro-sangue, cor de vinho, indomável, contradita e deliciosa. Faço analogias em silêncio, invento coisas que ainda vão existir, crio conceitos, e me questiono sobre tudo e todas as coisas. Depois, destruo as minhas convicções, como se estivesse destruindo as tuas.




28.7.25

A obra e o autor

Nenhuma obra jamais supera a vivência do próprio autor. Literatura sem observação é vazia. Sem experiência, toda arte só pode ser oca. Nada substitui a vida. Para Voltaire a coisa mais bem distribuída no mundo é o bom senso: ninguém acha que tem pouco. Nem eu. Nem você, é claro.


Mas, antes do fato, não me importa o que se diga dele.


Sou comedido ao contar as aventuras — são muitas, eu teria de contá-las devagar. Quando chego a mil, perco a conta, começo tudo outra vez. Mas não conto todas: não sou louco... Eu gosto mesmo é de vivê-las, as aventuras, não de contá-las. Só as conto por precisão, por ócio, por ofício — e por amor. Para mostrar a você que é possível viver fundo — e viver tanto.

Tudo de uma vez!








Original de 2008. Guarujá.

27.7.25

Jardins

 

A seguir uma obra que eu desenhei para a empresa
Já fizemos mais de 140 obras.


São Paulo.

Inspirado nos Jardins da Casa Azul da minha Mãe, eu desenhei a estrutura desses canteiros e também escolhi a jardinagem.



Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, intensa captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe. Eis os fundamentos para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.


Click na imagem para ver os recursos.


25.7.25

Quais são os teus Sonhos

 

Quanto tempo você acha que ainda vai viver?

Click no link acima para ver a resposta.


Quantas vezes você hoje meditou sobre a Vida?
Quantos minutos você hoje caminhou sem pressa?
Quanto tempo hoje você acariciou teu corpo e tua alma?
Quais os alimentos saudáveis que você vai comer hoje?
Tem seguido o que te pede o teu próprio coração?
Quanta gostosura existe nos teus atuais relacionamentos?
Quantas pessoas você hoje abraçou de verdade?
Quando foi o teu último grande êxtase?
Quantas vezes você hoje ajudou alguém?
Hoje, quais as coisas boas que você já fez ou vai fazer?
Terá tempo de contemplar a lua e as estrelas?
Como anda o teu Planejamento Estratégico Pessoal?
Quantos anos você supõe que ainda vai viver?
Como vai a tua própria Liberdade?
Quais são os teus Sonhos?

Eis a questão fundamental.



Em todos os Sentidos.


24.7.25

Teoria do Acaso

A partir de agora, tudo o que acontecer na tua vida será por acaso. 


Tudo!

As decisões que você estiver tomando neste exato momento determinarão o teu futuro.


Estou revisando os dois últimos capítulos do meu livro Teoria do Acaso e me deparo com certos fatos ali narrados que ainda me emocionam demais. Nesse livro eu conto os detalhes de como conheci alguns dos meus amores, como foi que as circunstâncias me abraçaram, e como também por mim foram elas abraçadas. Como foi que meu Pai se apaixonou por minha Mãe. Como foi que Nietzsche conheceu Lou Salomé, como Dali se apaixonou por Gala, como foi que Sócrates encontrou Xantipa. Minha tese é que o acaso determina cada uma dessas coisas. Tudo que acontece na vida da gente é obra do acaso. Se Cristóvão Colombo fosse apenas um contador, não estaríamos aqui, agora, conversando. Cristóvão teve que ser corajoso para empreender aquela viagem em 1492. Se meu louco bisavô Luiz Marques não tivesse raptado a jovem Vitalina no início do século passado, eu não existiria. Aliás, nem meus irmãos nem minhas irmãs teriam nascido... Mas, o que é interessante, minha Mãe Iracy teria existido normalmente. Suponho.


007. Muitas mulheres marcam deliciosamente a minha vida. Todas são especiais; nove são musas. Mas uma delas se destaca... Uma mulher que jamais quebrou as lanças da minha ousadia, e nunca pensou em cortar-me as asas de pássaro livre. Uma mulher que me apóia com entusiasmo, incentiva os meus saltos profundos e me aplaude em todas as conquistas.

Ela compreende os meus gestos, mesmo quando parados no ar. Ela me aceita como sou, inteiramente. E me faz acreditar, cada vez mais, que o verdadeiro amor é a união gostosa de duas espontaneidades, a fusão poética de dois devaneios.


Essa mulher é minha Mãe. Às vezes a geografia nos separa um pouco, mas temos uma ponte entre nós dois chamada Amor. E eu sempre me lembro das canções de ninar que ela cantava para que eu não dormisse... Do Kyrie Eleison e Tantum Ergo a Dalva de Oliveira e Noel Rosa. E também me lembro do dia em que eu nasci.


Eu fico elucubrando, divagando, escrevendo, dançando nas teorias e nos amores. E isso se aplica também a você e à sua família. Todas as relações, todos os casamentos, todos os amores, todos os nascimentos, todos os ódios e desavenças  tudo aconteceu por acaso. Todas as separações, todas as mudanças, todos os projetos (inclusive os comerciais) aconteceram por acaso. É só você se perguntar seriamente sobre isso. É só pesquisar. É só recordar como tudo aconteceu...


E o que é mais interessante. Também a partir de agora, tudo o que acontecer será por acaso. 

Tudo!

As decisões que você estiver tomando neste exato momento determinarão o teu futuro.



Não dá mais pra mudar o passado, mas ainda é possível mudar o futuro.


22.7.25

José Aristóteles

Em agosto de 1998 publiquei meu terceiro livro: Manual da Separação. Nas suas 160 páginas (com ensaios poéticos sobre amor e liberdade)  procurei demonstrar o quão Epicurista eu sou. O quão libertário eu sou. O primeiro capítulo começava assim:

Aristóteles Sócrates Kierkegaard é o meu nome, mas eu geralmente minto que é José Proença só prá impressionar... Sou na verdade um motorista metido a escritor, e é por isso que tudo que escrevo parece filosofia de para-choque de caminhão. Mas são artes do meu ofício: ninguém vai além dos seus limites: durante o dia — perto da polícia — não passo nunca de oitenta por hora. Mas à noite, sozinho na estrada da vida, ponho meu Scania inteiro na banguela, e vou a mil...





21.7.25

Momentos de cetim

Cruciais e deliciosos, estes momentos que atravesso e que hoje me tocam docemente. A vida encontra-me agora voando nas asas da coragem. Minha profissão é gloriosa: Sou amante do Risco e do Instável, do Incerto e da Surpresa. Entre um largo muro de cimento preso ao chão e a corda bamba de seda à beira do abismo — opto por esta, sempre. Sou um trapezista alucinado e racional no escandaloso Circo da Emoção. Todos os meus saltos são imortais, alegres e profundos. Eu viro a lona azul do céu que me descobre pelo avesso. Meu coração não tem juízo... Como poeta libertário, seria pouco não fosse assim. Porque não tenho razões para ser de outra forma. Se posso ser tudo, não preciso ser médio nem comedido — e não quero ser nada além de mim. Amo a Liberdade como se não pudesse amar outra coisa. Não consigo mais viver em conta-gotas: eu agora só vivo aos borbotões.









19.7.25

A responsabilidade do irresponsável

IRRESPONSÁVEL... Irresponsável é aquele que não se aventura, não se joga inteiro e alegre no belo azul profundo da Vida.


Irresponsável é aquele que só segue os caminhos já trilhados, e só visita os lugares que existem nos seus mapas do subúrbio.


Irresponsável é aquele que se acomoda com medo, ou segue apenas o rebanho a que pertence. Não corre mais riscos, não aspira ser mais, não deseja, não vibra — e pouco a pouco vai deixando até de sonhar. Não mais responde quando a vida o chama.


Esse é o verdadeiro irresponsável: em vez de voar livre, leve e solto, e viver a vida nas alturas, só patina e rasteja no tristonho lodaçal da mesmice...




18.7.25

Todos os prazeres

Todos os prazeres que eu tenho vivido nos últimos anos se devem ao meu irrestrito Amor pela Liberdade. Se devem à minha vontade absoluta de ser livre, e à extrema capacidade que tenho de satisfazê-la. Contudo, se eu não tivesse reagido a tempo, com vigorosa determinação, eu hoje provavelmente estaria casado com aquela tonta que me queria escravo.
Queria, aquela infeliz, colocar grades no meu crepúsculo, e abri-las só quando ele fosse berrante, se a cor fosse correta, e se tivesse plumagem. Caso contrário, a chave da minha prisão continuaria em seu poder, pendurada numa correntinha de ouro falso, no pescoço da desgraçada. Ela dizia me amar, mas queria mesmo era ser a minha dona. Naquilo que nós dois concordávamos, ela dizia que eu estava cem por cento certo. E naquilo que discordávamos, ela garantia que eu estava cem por cento errado! 

Essa pessoa a que me refiro no texto acima é uma personagem do meu livro Solidão a Mil — mas pode ser real também. Existem pessoas assim, inclusive aí ao teu lado. No fundo, são autoritários que se cobrem com um manto grosseiro de justificativas absurdas: dizem que têm "personalidade forte"... Ora, quem tem personalidade forte, mesmo, nunca reage dessa forma autoritária. Quem tem personalidade forte, realmente, aceita argumentos eventualmente contrários aos seus, e se dispõe a discuti-los. Aliás, aceita até mesmo questionar os próprios. Em nome da Lógica, do bom senso — e da elegância.




17.7.25

A vida tem dois caminhos

Os grandes mestres sempre nos disseram que a vida tem dois caminhos: o caminho da doença e o caminho da cura. Mas algumas pessoas, infelizmente, optam pelo caminho da doença, supondo erradamente ser este o mais correto. É compreensível, mas não vai dar certo. Entretanto, há uma solução (emocional e racional ao mesmo tempo), que requer coragem e disciplina: abrir-se à experiência do aprendizado. Abrir os olhos, o coração e o cérebro — e subir nos ombros de um grande mestre, até para ver mais longe. E fazer da Liberdade a razão maior da própria Vida.


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16.7.25

Desejo ardente de aprender

Quantas palavras novas você aprendeu ontem?



E quantas vai aprender hoje?





Sou um poeta.


Mas também sou saniasyn, e meu nome, Paritosh Keval, foi dado por Osho, em Poona, India. Sou leitor voraz de Nietzsche, Jung, Cioran, Sartre, Freud, Reich, Leminski, Henry Miller, entre outros.


Acabei de relançar meu livro "Solidão a Mil". Esta edição tem 380 páginas. Filosoft.


Autor do polêmico "Manual da Separação", 160 páginas, Ed. Filosoft, 1998. SP. Que, naquela época, já era um revolucionário blog de papel. VEja isto:

Meu testamento tem apenas três palavras: Me enterrem Nu. E se possível me lambuzem todo com óleo de amêndoas doces, para que os vermes deslizem por sobre o meu corpo, dancem feito loucos sobre mim, e depois me beijem, poeticamente, ao vivo. Em pelo.

O texto acima é da página 14 do meu livro Manual da Separação, que, aliás, não é um "manual": são breves ensaios poéticos sobre amor e liberdade. Livro que agora, em meados de 2012, teve uma reedição, revista e ampliada, com 240 páginas.


Sou o autor do poema "Mude", texto do belíssimo comercial da FIAT, feito pela Agência Leo Burnett. Há muitas outras versões em vídeos no meu blog Mude.


Em 2006, foi publicado o livro Mude - pela PandaBooks Editora Original, com prefácio de Antonio Abujamra, a quem concedi entrevista no programa Provocações - TV Cultura.



Sou sócio fundador da Ordem Nacional dos Escritores, ocupando a cadeira número 6, cujo patrono é Graciliano Ramos. Fui Diretor do Clube de Poesia de São Paulo, na Gestão Ives Gandra da Silva Martins (que foi quem me sugeriu a estudar Direito na USP).




Vencedor do Prêmio Cervantes/Ibéria/1993, categoria Narración em Portugués, com o conto mágico-realista cujo título é A orelha. (Leia).







Fui também Editor do "internetjornal" (publicado até fins de 2000 pela Folha de S.Paulo Gráfica). Um ousado Projeto editorial com fulcro na Internet.


Sou um Psicodramatista inquieto. Trabalhei, entre outros, com Alfredo Soeiro. Claro que adoro também a Psicanálise. Já experimentei (quase) todas as linhas terapêuticas, a fundo. Mas, em princípio — e exceto para casos gravíssimos — rejeito frontalmente as soluções químicas.


Estou terminando meu romance "Quero Que Você Morra !", que terá posfácio de Antonio Abujamra, um gênio que eu amo demais.



Também finalizando o Tratado do Arrependimento, livro em que falo das relações familiares, basicamente. Além do livro Teoria do Acaso — cujo título, por sugestão da minha Mãe, será alterado para Tudo é por Acaso.


Estudei Filosofia na USP. Fui aluno de Marilena Chauí, Oswaldo Porchat, Franklin Leopoldo e Silva, entre outros. Sou quase jornalista pela ECA (parei na metade). Estudei Direito também na USP (Largo São Francisco), onde meu maior Mestre era Gofredo Silva Telles. Abandonei a faculdade de Direito no sexto semestre para tornar-me um fotógrafo profissional. Também estudei Economia, por uns tempos, mas isso agora não vem ao caso.


Por sugestão do meu professor de Lógica, Oswaldo Porchat, comecei a estudar Alan Turing fora da USP. Em seguida, fascinado que fiquei, entrei de cabeça na computação. Sem abandonar a poesia, aprendi várias linguagens, inclusive Cobol, Assembler, Pascal e Fortran. Tudo isso em apenas um ano de dedicação integral. Fui ser programador, e três meses depois era Analista de Sistemas e em seguida, aos 22 anos, promovido a Gerente de Informática numa empresa chamada Protin. Meu salário, impulsionado pela Lógica, decuplicou. Cheguei a abrir uma empresa chamada K-Misster. E continuava na Filosofia — amando a Lógica cada vez mais. Por isso hoje esse meu respeito absoluto pela lógica e pela poesia. Eu respiro lógica e poesia o dia inteiro.


Quantas dimensões será que tem o tempo?


Nas horas vagas, viro um "construtor de pirâmides": sou empresário romântico    na área de  Construção Civil, onde pude constatar que a Classe Operária jamais irá para o Paraíso.


No começo de 2013, eu pretendia abrir no Guarujá uma filial dos 
Jardins de Epicuro — que será um Centro de meditação, dança, discussões filosóficas e demais porraloquices do gênero. Acabei adiando para 2027 por questões de logística (porque, se a extrema direita vencer as eleições de 2026, vou morar na China). 


E sei que é impossível ser feliz sem liberdade.


Mas também sei que tudo que foi dito acima, — exceto a última frase — não tem a mínima importância.



Sei que tenho contradições — porém são todas não antagônicas.


Sou ateu, mas Deus me adora! E Jesus é um dos meus heróis. Nunca fico doente: há mais de dez anos que não tomo nenhum remédio, exceto vinho. Não tenho dor de cabeça, nem de barriga, nem de garganta. Não tenho dor alguma. Não tomo sequer aspirinas. Continuo achando que o Capitalismo não é o Fim da História. Gosto de Fidel Castro e até de Hugo Chávez, assim como gosto de Beethoven e Velazques. Nunca briguei com minha mãe – nem ela comigo. Há cerca de vinte anos que não perco a calma: tenho completo domínio dos meus estados de espírito. Embora tenha casado cinco ou seis vezes, com seis ou sete mulheres encantadoras, meu estado civil ainda é o original. Mas, antes de morrer solteiro, vou VIVER solteiro.


Sou amigo profundo de todas as minhas ex-namoradas. Especialmente Joyce Ann.


Sou a favor do amor livre, mesmo porque seria burrice defender o amor preso. Sou "amante dos Beatles e dos Rolling Stones". Moro sozinho, mas adoro jantar com os meus amigos e com os meus amores. Não tenho medo, não tenho ciúmes, não tenho pressa. 
Sempre me afasto das pessoas perigosamente normais. E penso que só quem salta inteiro no belo escuro azul profundo da vida é que pode viver de verdade.


Dentre as muitas frases que já escrevi, destaco estas:

Se você não encontrar razões para ser livre, 
invente-as!

Só o que está morto não muda.

Um homem sem causa é um inconsequente.

Sempre danço conforme a música. Mas, antes, escrevo a partitura.

Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.


Blog principal = 
www.MUDE.blogspot.com
(Onde escrevo breves ensaios poéticos sobre o Amor, a Loucura e a Liberdade.)

E também no www.desafiat.blogspot.com


Livros que eu levaria para uma ilha deserta: a Biografia de James Joyce, escrita por Richard Ellmann; todos os de Henry Miller. E os meus, é claro... rs!

Mulheres que eu levaria para uma ilha deserta: Joyce Ann, Rose, Dora, Vera, Verinha, Suzana, Beatriz, Paloma, Fábia, Fernanda, Janaína, você, e aquela por quem me apaixonei ontem à tarde — todas numa viagem só.


Em síntese:

É melhor dançar no arco-íris do que andar na linha do trem.





















Obras publicadas:


"Manual da Separação", 160 pág, Ed. Filosoft, 1998, SP.

O mais recente relançamento: Solidão a Mil

Em 2011, com o pseudônimo de Paritosh Keval: O Evangelho de Edson Marques

"O Canto dos Poetas", antologia da Ordem Nacional dos Escritores.

"Beijos no céu da boca", Ed. Do Autor, 1985, esgotada.

"Mude", poema ilustrado, 96 pág, 
PandaBooks Editora Original, SP, 2006.

"Rodamundo 2005" – escritores de vários países. Ed. Ottoni, 2005.

"Blog de papel" – 
Editora Gênese, 128 pág, SP, 2005.

Poema MUDE – 
faixa 4 do CD Filtro Solar – de Pedro Bial.

Inúmeras antologias publicadas.

Textos publicados em milhares de sites e blogs.

Artigos em jornais, teses e bilhetes.
(Claro que os bilhetes são hoje muito mais interessantes do que as teses...)


Mas aqui tem um outro resumo da minha biografia



Enfim, sou apenas um poeta...
Nada mais.

Nada menos!



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