21.9.23

Cervejas e conversas

 

Um sanduíche delicioso.


Ontem à noite, na Hamburgueria do Terceiro Andar, em SP, eu tive conversas maravilhosas com pessoas fascinantes. Conversamos sobre meu livro Teoria do Acaso. Oito pessoas. Só não vou aqui dizer-lhes os nomes porque não sei se posso. Mas por causa delas eu me lembrei do Palladium.



Ontem eu e ela tomamos entusiasmadas margaritas. Sem pressa e sem culpa. Mais tarde voltei para sonhar nos braços abertos de Denise e dançar ouvindo Can´t take my eyes off you. E depois, no escuro do meu quarto, acordei pensando:

Eu bebo não para perder a razão, mas para vencê-la. Jamais serei dependente: na bebida, não é o álcool que me atrai. Eu tomo o vinho porque antes o consagro. E nele me agrada mais a cor e o sabor — além de me lembrar Jesus e seus milagres. Aliás, é o próprio Baco quem todo dia me abre as garrafas de Baron D´Arignac.

Também na cerveja, não é o álcool que me encanta: é o lúpulo dourado e o reflexo do sol no copo transparente. Tomo-a porque envolve-me a sede, hidrata-me o corpo, fornece-me assunto, refresca-me a alma. Também a consagro antes do primeiro gole, e o bar vira um barco — e o barco vira um altar. E bebo-a, delicadamente, porque a espuma me lembra Afrodite lambendo-me os lábios!

Como se vê, eu não bebo para perder a razão: eu bebo para encontrá-la.