5.9.22

Fome

Acabei de almoçar sozinho aqui na Casa Azul. Uma comida que eu mesmo fiz, amorosamente, logo após ter escrito um texto complexo para um dos meus projetos. E fico aqui pensando: nunca passei fome, em toda minha vida. Considero isto uma bênção. Tive a sorte de poder, junto com meu Pai e minha Mãe, aos 16 anos, abrir um restaurante que ainda hoje existe, e onde eu comia picanhas e filés no almoço e no jantar. Porém, comunista que sou desde que nasci, preocupo-me com os famintos. Pois a fome é sempre dolorida.