7.1.25

Morarei no interior

Por isso, Dorian, nunca deixarei de ser jovem: há minas no meu peito enluarado. Mesmo quando tiver mais idade, serei um véio de ouro, sorteiro, e as garimpeiras de amor sempre vão querer encontrar-me entre os cascalhos que rolam. Morarei no interior. Abandonarei a Stoli e os frutos do mar; trocarei o Baron D´Arignac por caipirinhas deliciosas. Mas, em nome de Vênus, o erótico Lúcifer continuará descobrindo, todo dia, as minhas doces, indispensáveis, e adolescentes Madrugadas.


Então, que Deus me perdoe, e que você me compreenda.


Porque o Lúcifer a que me refiro neste blog é aquele da primeira fase, quando ainda era um anjo — o belíssimo Anjo da Luz. O brilhante intelectual contestador. E Dorian é o irretocável Retrato de Oscar Wilde. E as Madrugadas, são estas que agora vivo — amorosamente 
 entre flores e estrelas.


Esse pano de prato eu guardo ainda hoje. Sem lavar. Com as marcas do vinho que eu tomei aquela noite, no Flat Palladium, em agosto de 2010.
💙💜




Hoje, no Flat Palladium, soznho, tomando um vinho Baron D´Arignac rouge, eu reli partes dos maravilhosos livros Retrato de Dorian Gray e De Profundis, de Oscar Wilde. E publico a seguir algumas frases desse magnífico escritor:

É absurdo dividir as pessoas em boas e más. As pessoas são apenas encantadoras ou monótonas.

Acreditar é medíocre, duvidar é apaixonante. Manter-se alerta: eis a vida.

Um homem pode perfeitamente ser feliz com qualquer mulher; desde que não viva com ela.

Nunca deixe de perdoar seus inimigos: nada os aborrece tanto.

Os solteiros ricos deviam pagar o dobro de impostos. Não é justo que alguns homens sejam tão mais felizes do que os outros.

A inocência é o maior afrodisíaco.

Deem-me o supérfluo, e eu abro mão do indispensável.