21.10.23

Filosofia de Vida

Minha filosofia de vida pode fazer muito bem para muitas pessoas que leem os meus livros e sites, e mais ainda para aquelas com as quais eu às vezes convivo. Acontece que, exatamente por lhes fazer tão bem, pode também lhes causar um certo desconforto... Minha presença e meu estilo de viver pode às vezes desestabilizá-las. Porque eu lhes abro novos horizontes, um leque enorme, fascinante, de opções inesperadas e gostosas.

Acontece que a liberdade assusta. Elas estavam quietinhas, sossegadas em sua própria escravidão emocional, aninhadas nos seus próprios preconceitos, abraçadinhas às suas crenças opressivas — e eu venho lhes dizer que a liberdade é possível. Eu venho lhes dizer que o amor é possível. Que a felicidade é possível. (*)

Então, essas pessoas começam a se questionar. Começam a rever os seus conceitos... Algumas criam coragem e chutam seus medos inexplicáveis. Suas cabeças viram corações enlouquecidos. Suas estruturas, antes tão estáveis, começam a ruir. Suas bases tremem. Relações se desfazem com facilidade espantosa. Seus "amores" perdem o sentido. Seus deuses dançam...

Porém, nem todas estavam preparadas para esse fascinante mundo novo que se abriu de repente. E algumas querem de volta o mundo antigo. Porque sentem falta da segurança, daquela quietude, daquela paz de cemitério. Daquela velha vida. Sentem falta da comodidade contraditória que o tédio dá.



Afinal, ser livre dá trabalho... Muito trabalho.




Mas ser livre é uma delícia.










(*) Um depoimento. Nos últimos dez anos todos os meus sete irmãos biológicos (**) se afastaram de mim. Todos. E isso não é porque eu lhes estava fazendo mal. Não. É porque eu lhes estava fazendo bem. Eu lhes demonstrava que a felicidade é possível. E isso, para eles, é insuportável.





(**) Uma ressalva importante. Só se afastaram de mim seis das minhas sete irmãs biológicas, além de um cunhado e duas cunhadas.  Mas nenhum dos meus amores se afastou de mim. E nenhum dos meus amigos se afastou de mim.

Nenhum.



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