6.3.21

Amores brilhantes

Hoje todos os meus amores são livres e brilhantes.  Mas nem sempre foi assim. Vou te contar sobre um deles, que aliás foi até bastante opaco. Márcia era uma ciumenta infeliz — que me perdoem a redundância. Embora formada em Letras, a sonsa não lia nem bula de remédio. Fiquei um ano e meio ao lado dela, tentando descobrir o extraordinário no comum. Ou seja, fiquei quase um ano e meio desperdiçando minha vida. Naquele tempo eu ainda supunha ser possível encontrar Amor onde não existe Liberdade. Iludi-me procurando algum tipo de fascínio no que é convencional. Eu tinha a inglória esperança de um dia transformar o medíocre em supremo...


Não consegui.