30.9.20

Café com ciência

Café com Ciência

Faço café religiosamente todo dia (*). E o advérbio é mais para ressaltar o critério do que a constância. Como se meditasse, eu abro a embalagem enluarada, madrugante, cheia de brilho e pó, fecho os olhos, sinto o cheiro, sorrio por dentro e por fora — e começo a sessão. A água já benta e quase fervendo (mas sem deixar que chegue a tanto), o canto dos passarinhos, o barulho do mar, as ondas da música de fundo, a forma dos sentidos — tudo — tudo contribui para que eu logo mais tome um café divino, poético e fundamental neste céu azul do meu amor.

Mas, ontem à noite, esperando a Lua na Feira da própria, eu tive uma vontade enorme de tomar Café com Fé.



(*) Exceto quando estou longe de casa.