3.6.14

morte link

Eu tenho uma compreensão absoluta desse fato inexorável que é a morte biológica das pessoas que eu amo. A primeira morte marcante de que agora me lembro é da minha Vó Vitalina. Depois, há mais de vinte anos, a de meu pai. A mais recente (e certamente a mais marcante) foi a do meu irmão Paulo, na véspera do Natal de 2011. E a segunda mais recente, em 2010, a do meu amigo e mestre José Ângelo Gaiarsa. São essas as quatro mortes que poderiam me fazer chorar. E mesmo assim não fizeram. Porque, para mim, hoje, a morte biológica nada mais é que uma separação radical irremediável. Porém, como não tenho sentimento de posse sobre aquele que morre, como não me apeguei a ele enquanto ainda vivia — não posso dizer que lhe sinto a falta. Não há luto na situação que me resta. E se algum dia eu chorar por alguém que morreu, será mais por lembrança daquilo de bom que algum dia fizemos, um para o outro. (...)
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