Um anjo esteve aqui comigo esta noite, e derramou inocências e lágrimas no meu peito nu, sinal do seu amor profundo, gotinhas de paixão por mim. Ela chegou a imaginar a própria morte levando-a para sempre... Então ficou me sussurrando, como se rezasse ao Deus do sono que teimava em me abraçar. Quem é que apagaria a luz quando eu dormisse? Quem é que fecharia meu livro aberto caído na cama, na página doze? Quem me cobriria nas noites de frio com meu edredon amarelo? Quem passaria as minhas camisas azuis? Quem me amaria tão livre como ela hoje me ama? Quem é que me compreenderia tanto tanto?
Então ela chorou de novo, e mais.
E eu.
Então ela chorou de novo, e mais.
E eu.