Não queira muito de mim, meu amor: sou apenas um poeta libertário, nada mais. Minha biografia cabe em duas ou três linhas de um caderno adolescente. Sou sempre amante da Liberdade Absoluta, e é por isso que meu coração inocente se apaixona todo dia, toda hora. Sou também humanista, existencialista e provocador. Já fui comunista, mas hoje sou rebelde, radical, inconformista. Não tenho pressa e não tenho medo, nem ciúmes ou rancor. A alegria me excita. O risco poético feminino, também. Gosto de mim e de você, de música e de vinho, de flores e estrelas – mas tem dias que eu tomo cerveja, como ontem. Enfim, o que eu adoro mesmo é dançar nos braços de uma deusa musa, de olhos bem fechados...