Certa vez eu escrevi que o escravo emocional odeia todo aquele que já se libertou. Mas, pensando bem, será que, no fundo, o escravo emocional não admira todo aquele que já se libertou? Difícil saber, pois o escravo emocional tende a valorizar sua própria desastrada situação, como justificativa para permanecer nela. Acontece que seu raciocínio é manco. Sua visão do mundo é restrita, seus horizontes são próximos demais. O escravo emocional, por definição, jamais terá uma visão libertária da vida. Suas relações são necessariamente fechadas. Ele não suportaria ser livre.