4.4.10

Cibele me abraça

Sou verdadeiro quando falo de flores, e mais ainda quando falo de amores. Eu me esparramo delicioso nas almofadas azuis, como se Sempre fosse Agora. Cibele me abraça — e as outras Musas me olham de soslaio, sorridentes. O velho Sileno que eu trago no meu coração, bêbado, nu e deslumbrado, pisca pra mim enquanto abre mais um vinho vermelho. Rufam os tambores do meu peito, enluarados. Então, antes mesmo que Júpiter grite "Avante, meu filho!", assumo as rédeas da carruagem que é puxada por dois tigres alegres, e parto entusiasmado a conquistar as Índias — e as Outras.

Só quem salta inteiro no belo escuro profundo da vida é que pode ser Baco.