Metodologia é a arte de conduzir o espírito num processo destinado a investigar a verdade. A metodologia que eu adoto e uso é a minha arte pessoal de conduzir o meu próprio espírito, a meu modo e de uma maneira especial, nesse processo que construo para investigar certas verdades que escolho ao acaso, e que de certa forma me interessam, particularmente, por algum tempo. Isso levou-me a construir uma teoria sobre a importância das borboletas na definição dos rumos da filosofia. Pois dizem que Sócrates só se decidiu por ser um filósofo depois que sua mãe, que era parteira na Grécia, sonhou treze vezes consecutivamente que todas as mulheres gregas estavam parindo crisálidas vermelhas. A propósito, uma teoria é geralmente um conjunto de conhecimentos não muito ingênuos, sistematizados e com alguma credibilidade, e que se propõem explicar, analisar, interpretar, ou unificar um determinado universo de fenômenos ou de acontecimentos. Digo isso porque me deu vontade agora de escrever algo mais sério. Algo que até posso aproveitar no meu livro Teoria do Acaso. Nesse livro fala mais o filósofo do que o poeta. Depois publico aqui um dos capítulos iniciais.