23.4.06

Perigosamente normal...

Tem dias em que eu regrido à normalidade quase absoluta. Tem dias em que atordôo a minha existência com operações de sobrevida e projetos de segunda classe. Nem me reconheço. Parece que fico esperando um Godot de chocolate na linha do trem. Tem dias em que não leio Rimbaud no original, não tomo vinho branco, nem ouço Vangelis; não escrevo poesias, não vou à praia, não danço, não vejo a lua, nem faço amor. Tem dias em que me esqueço de viver completamente - e quase desabo ao rés-do-chão. Tem dias em que me torno perigosamente normal.