Acabei de almoçar sozinho aqui na Casa Azul. Uma comida que eu mesmo fiz, amorosamente, logo após ter escrito um texto complexo para um dos meus projetos. E fico aqui pensando: nunca passei fome, em toda minha vida. Considero isto uma bênção. Tive a sorte de poder, junto com meu Pai e minha Mãe, aos 16 anos, abrir um restaurante que ainda hoje existe, e onde eu comia picanhas e filés no almoço e no jantar. Porém, comunista que sou desde que nasci, lembro-me sempre de Knut Hamsun. E preocupo-me com os famintos. Pois a fome é sempre dolorida, suponho.
E uma versão genial do Poema Mude, com Abujamra e Tim Maia.
Quase três da manhã e eu estou aqui, ao lado de um grande amor, comendo um Spaghetti à carbonara, parmesão ralado e cebolinha da horta. E tomando a primeira garrafa de Calamares Rosé...
E uma versão genial do Poema Mude, com Abujamra e Tim Maia.