5.3.25

Meu carnaval não acaba nunca

Ainda que o vinho entorne, me visto sempre de cetim. Então minha cabeça canta, o meu corpo dança, meu coração se excita — e a forma inteira se vai sozinha. Parece que Deus abençoa muito mais minha coragem que o meu silêncio. Só me resta, portanto, continuar transformando água doce em vinho branco. Meu carnaval não acaba hoje. Sou um cisne que não morre nunca.