Ao ser levado a pedir desculpas por um erro cometido, o cérebro (*) entende tal procedimento como um reconhecimento tardio de que cometeu um raciocínio mal feito. Esse raciocínio mal feito — que agora exige reparação, e às vezes exige um pedido de desculpas — pode ter gerado uma opinião sem fundamento a respeito de coisas ou pessoas, ou até mesmo um julgamento em forma de ofensa. Então, o cérebro (neste caso, a Consciência), ao voltar atrás num juízo emitido, registra que errou.
Se isso for eventual, o cérebro pode até compreender que certamente aconteceu apenas uma confusão momentânea. Porém, se a ocorrência de erros cometidos é exagerada, o cérebro vai registrando todas essas ocorrências — e acabará concluindo não ser capaz de tomar decisões apropriadas sequer sobre coisas elementares. E vai depreciar-se, inapelavelmente.
Quanto mais pedidos de desculpas, maior será a autodepreciação.
E o cérebro (o Inconsciente) registra tudo isso.
Entretanto, suprimir simplesmente o pedido de desculpas — após a consciência do erro e seu reconhecimento — não adianta nada. Seria uma supressão da conseqüência e não da causa. E nesse caso, agindo assim, tentando falsear a situação, além da depreciação inescapável pelos erros que comete, o cérebro também se sentirá um causador direto de injustiças. Ainda se sentirá responsável pela culpa gerada pelo gesto eticamente mal feito e não reparado. Ou seja, uma lástima.
(...)
Ao contrário do que você talvez ainda pense, não é a Consciência (a Vontade, o Ego) quem manda. O poderoso chefão é o INCONSCIENTE. Élisabeth Roudinesco escreveu um belo livro sobre o tema.
Esse breve texto acima (na verdade um resumo simplificado) é parte de uma tese que pretendo escrever sobre o vício de julgar sem precisão. Que deriva de raciocínios falhos (que nos oferecem conclusões risíveis, geralmente apressadas) e pode acarretar tomada de atitudes sem fundamento — até mesmo arbitrárias — com possível arrependimento posterior e eventual necessidade de pedir desculpas pela suposta besteira cometida.
Atualizo AQUI.
Se isso for eventual, o cérebro pode até compreender que certamente aconteceu apenas uma confusão momentânea. Porém, se a ocorrência de erros cometidos é exagerada, o cérebro vai registrando todas essas ocorrências — e acabará concluindo não ser capaz de tomar decisões apropriadas sequer sobre coisas elementares. E vai depreciar-se, inapelavelmente.
Quanto mais pedidos de desculpas, maior será a autodepreciação.
E o cérebro (o Inconsciente) registra tudo isso.
Entretanto, suprimir simplesmente o pedido de desculpas — após a consciência do erro e seu reconhecimento — não adianta nada. Seria uma supressão da conseqüência e não da causa. E nesse caso, agindo assim, tentando falsear a situação, além da depreciação inescapável pelos erros que comete, o cérebro também se sentirá um causador direto de injustiças. Ainda se sentirá responsável pela culpa gerada pelo gesto eticamente mal feito e não reparado. Ou seja, uma lástima.
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Ao contrário do que você talvez ainda pense, não é a Consciência (a Vontade, o Ego) quem manda. O poderoso chefão é o INCONSCIENTE. Élisabeth Roudinesco escreveu um belo livro sobre o tema.
Esse breve texto acima (na verdade um resumo simplificado) é parte de uma tese que pretendo escrever sobre o vício de julgar sem precisão. Que deriva de raciocínios falhos (que nos oferecem conclusões risíveis, geralmente apressadas) e pode acarretar tomada de atitudes sem fundamento — até mesmo arbitrárias — com possível arrependimento posterior e eventual necessidade de pedir desculpas pela suposta besteira cometida.
Atualizo AQUI.