Toda mudança requer um plano. Às vezes, plano esboçado em folha de papel, outras vezes, plano intuído no cérebro da gente. Mas a mudança mais gostosa é aquela que só requer um plano inclinado, por onde vamos deslizando em óleo de amêndoas, como se fosse no corpo de um grande amor. Deslizamos até a borda — e então saltamos no vazio do belo e fascinante azul brilhante profundo da vida.
Mas tem hora que a gente verbaliza mudanças sem atitude que lhes corresponda. Também faço isso, muitas vezes, mas sempre me questiono. Será vontade real de mudar alguma coisa sem permissão das circunstâncias, uma vontade objetiva que pretende puxar o processo da suposta mudança — ou será isso apenas um subterfúgio mental para satisfazer nosso ego?
Não sei.
Só sei que com uma das mãos eu defendo a liberdade, e com a outra acrescento algumas horas ao meu dia.
Mas tem hora que a gente verbaliza mudanças sem atitude que lhes corresponda. Também faço isso, muitas vezes, mas sempre me questiono. Será vontade real de mudar alguma coisa sem permissão das circunstâncias, uma vontade objetiva que pretende puxar o processo da suposta mudança — ou será isso apenas um subterfúgio mental para satisfazer nosso ego?
Não sei.
Só sei que com uma das mãos eu defendo a liberdade, e com a outra acrescento algumas horas ao meu dia.