Há dias em que é preciso que eu te perca inteiramente. É preciso que eu siga o que me pede o coração apaixonado — e o que suplica um novo grande amor aos pés da nova cama. Tua imagem, minha flor, fumaça escandalosa desprendida de si mesma, some em meio à volúpia da minha próxima lembrança. Então, te esqueço — carinhosamente. Mas, de repente, num voo alado de pássaro surpreso, entro em mim pra te buscar. Se te encontro, a busca me alucina intensamente, e se me encanto, ao contrário, é meu verbo que engravida o teu espanto.