Gotinhas de madrepérola caem delicadas sobre mim. Vou à praia tomando chuva. Na areia, histórias onduladas, deliciosas, navegantes. Calígula, você sabe, antes de invadir a Britânia, ordenou aos soldados das legiões romanas que catassem conchinhas à beira-mar. Começo a pensar na beleza dos legionários tomando sol em vez de fazer a guerra.
Decido então distrair o meu espírito na Enseada, como fosse um Tibério na Ilha de Capri. E começo a catar conchinhas nesta plena quinta-feira, entre suspiros de amor e riscos na areia. Exercito a coragem fazendo arte. Tomo água de coco, e penso em ócios e negócios, em reais e fantasias. Medito girando — e a praia dança.
Só me resta lembrar do que ontem me disse Kierkegaard:
"Arriscar-se é perder o equilíbrio por uns tempos... Mas não se arriscar é perder-se a si mesmo para sempre".
Decido então distrair o meu espírito na Enseada, como fosse um Tibério na Ilha de Capri. E começo a catar conchinhas nesta plena quinta-feira, entre suspiros de amor e riscos na areia. Exercito a coragem fazendo arte. Tomo água de coco, e penso em ócios e negócios, em reais e fantasias. Medito girando — e a praia dança.
Só me resta lembrar do que ontem me disse Kierkegaard:
"Arriscar-se é perder o equilíbrio por uns tempos... Mas não se arriscar é perder-se a si mesmo para sempre".