17.10.23

Amor e... terno

Este eu que ora sou,
aqui,
agora,
num enorme,
num desesperado esforço de imaginação,
pode até jurar-te
amor eterno.

Mas,
como esperar,
como exigir
que o outro eu,
que amanhã certamente serei,
cumpra
– eternamente –
o que te promete
este eu
que agora sou?




Este poema é do meu livro
página 56.