A razão talvez seja porque, de certo modo, foi levado a perder as suas bases amorosas mais diretas. Perdeu sua mais importante referência primordial. Perdeu seu principal elemento fundador das emoções. Deslocou-se, psicologicamente. Desligou-se da Fonte. É grave. Se for o teu caso — espero que não seja — não adianta dar a ela um maravilhoso presente no próximo Dia das Mães. Não adianta forjar um acordo, não adianta mentir pra Deus. Recomendo terapia. Mas nem sempre a terapia resolve, pois depende muito do estágio a que o distúrbio chegou. E quando eu falo em terapia quero dizer psicanálise. Remédios químicos, eu suponho, só atacam os efeitos, só mascaram soluções...
Não adianta procurar sobre isso na internet ou nos livros de psicologia: é uma teoria arriscada, ousada, mas exclusivamente minha. Só tem no livro Manual da Separação. Esta minha teoria é poética, embora cientificamente fundamentada em Freud (que deve ter se baseado em Nietzsche, etc.). Bom ressaltar que eu aqui não me refiro a eventuais castigos de Deus ou bobagens do gênero. É só o Inconsciente fazendo estragos. Ou corrigindo as coisas...