Amanheço em mim como se amanhecesse só...
Bolinhas de lembrança na boca que se abre me trazem o gosto do vinho que bebemos noite que passou. Minhas pálpebras vacilam, meus olhos piscam incessantes, como se aplaudissem o duplo sol que se levanta, sanguíneo, entre nós três.
Outra vez, distendo meus músculos de revolução poética, e me atiro de novo em teus braços, meu amor — como se fosse um fuzil.
Me atiro como se fosse de pólvora e Luz.