27.4.23

Diálogo

DIÁLOGO

— Edson, você critica os ciumentos, os neuróticos, os casados infelizes, os invejosos, os covardes, os brutos, os opressores, os estressados, os medrosos, os escravos, os fascistas e até os corintianos... Sobra quem? Quem é que vai te ler? — ela me pergunta.

— Você! — eu respondo. E explico.


A bem da verdade, eu não critico ninguém — muito menos os corintianos. Eu apenas gostaria que todos esses, que de alguma forma sofrem por amor, se libertassem. O amor, o verdadeiro amor, é algo tão belo que jamais deveria causar sofrimento. É evidente que são apenas os ciumentos os que sofrem por amor. Quem ama livremente nunca sofre por amor. Eu tento fazer com que as pessoas questionem seus conceitos — e mudem. Tento demonstrar que é impossível ser feliz sem liberdade. E eu falo com conhecimento de causa: eu me apaixonei pelo amor livre aos doze anos de idade. Por isso é que me sinto seguro ao afirmar que a liberdade é o único remédio infalível contra as dores do espírito.

QUEM É LIVRE É ALEGRE.



Texto originalmente escrito em 19.08.2011.