Eu tinha onze anos quando fiz essa foto. O dono da carroça chamava-se Aristides, e morava no Itopava. Minha Mãe batizou um filho dele. Era uma Kodak, comprada por reembolso postal, mas tão boa quanto as Leicas e Nikons que eu viria a ter mais tarde.
Eu já tinha noção de enquadramento, profundidade de campo, iluminação... E já me considerava um Cartier-Bresson melhorado. Veja:
Olha a cabeça do cavalo em destaque no fundo iluminado, a cangalha branca na primeira porta escura, o rabo branco do cavalo na segunda porta escura, e a carroça em destaque perfeito no fundo branco da parede...
E a balança Filizola lá em cima da cangalha.
E a balança Filizola lá em cima da cangalha.
Uma obra de arte! (*)
(*) Se eu já me acha um gênio aquela época? Claro que sim!