Minha homenagem:
Toda mulher é silenciosa por dentro. A existência pura se
manifesta em cada detalhe. Assim na terra como no céu, amar as mulheres é uma
experiência religiosa. E eu as amo, fina substância, como deve amar quem ama de
verdade — incondicionalmente. Sem ciúmes.
Eu amo as morenas, as loiras, as baixinhas, as altas, as lindas, as quase
feias. Amo as virtuosas, as magras, as gordinhas, as diabólicas, as tímidas — e
até as mentirosas. As iluminadas, as pecadoras, e as santíssimas. Amo as
virgens, as pobres, as ricas, as loucas, as muito vivas, as inocentes. As
bronzeadas pelo sol, e as branquinhas. As inteligentes — e as nem tanto. Desde
que sensíveis, eu amo as jovens, as maduras, as solteiras, as casadas, as
separadas. As bem-amadas, e as abandonadas. As livres, e as indecisas. E se me
dessem o poder, o tempo e, principalmente, a chance, eu a todas elas daria,
todos os dias, um êxtase cósmico, poético e sublime.