29.1.22

Joyce Ann

Um dia, no futuro, precisamente em 19 de março de 2011, eu irei à casa nova de Joyce Ann no Guarujá. Um convite para jantar, depois de quase um ano sem nos vermos. Conversaremos na cozinha, ao lado daquela mesa enorme, enquanto ela preparava o prometido macarrão.
Quando vi a caixinha colorida no cesto de lixo, exclamei:
— Nossa! Barilla!?
— Pra você não pode ser menos... — ela me respondeu, sorrindo e beijando meu rosto.
Fotografei os gatinhos dela, cujos nomes agora esqueci. As fotografias estão no blog Mude. Sei que um era Leo, e a outra, acho que Mel. Falamos da vida, dos planos passados e futuros e deste tempo glorioso que aqui estou relatando. Na hora de dormir, vejo que só tem um quarto. Comecei a me ajeitar no sofá, dizendo que veria um filme, ou que iria escrever um poema, coisas assim. Mas, ela, segura de si, me pegou pelas mãos e me arrastou para o quarto. A cama já estava arrumada, com dois travesseiros fofinhos e dois cobertores azuis. Ela se deitou, me deu boa noite, virou-se de lado e fez silêncio. Nem estranhei o coelhinho de pelúcia que ela colocou entre nós dois. Não passe daqui, o coelhinho ficou me dizendo a noite inteira... No dia seguinte, quando acordei, o café já estava na mesa, e o sol lá em cima, nos enchendo de Luz.


Então eu te pergunto:

— Tem como deixar de amar uma menina dessas?