Os poetas livres somos todos
amorosos. Por isso,
somos quase sempre incompreendidos. Porque nós vemos a coisa e seu fundamento
divino, e as pessoas normais só veem a coisa e sua utilidade. Nós vemos o todo
poético de um universo gostoso e dançante, e os normais só veem a parte seca de
um mero processo. Enquanto lapidamos nosso amor inocente com estrelas e poesia,
os normais se embrutecem.
Os poetas,
brincamos com as palavras. Os brutos fazem delas uma arma.
Para nós, as palavras são flores. Para eles — punhal.