28.4.19

Sugar o açúcar

Só na minha língua eu posso sugar o açúcar das coisas sem que precise traduzir o prazer na doçura que é. Meus desejos não mais precisam de proteção: eu me equilibro nesse ofício de ser poeta, de andar numa corda, saltar numa linha, correr pelo verso de mim. Para viver, eu só preciso agora é de um delicioso risco no chão — e de outro no céu.