Eis agora uma garrafa de vinho pela metade, uma rosa vermelha ansiosa por mim, três ou quatro velas azuis em castiçais de bronze espalhados pela sala, uma penumbra gostosa onde sombras delicadas dançam por si mesmas, o Bolero de Ravel crescendo em todos os sentidos no meu peito apaixonado, uma brisa noturna e encantada entrando pelas portas e janelas. Mistérios no ar, desejos, também. Às vezes, silêncio: e Ravel retorna, quase perfeito.
Espero uma das outras minhas amadas.
Se ela chegar, agradeço a Deus por ter chegado, e nos amaremos da forma mais gloriosa possível. Mas se não chegar, agradeço a Deus também por ela não ter vindo, e continuo a me amar da mesma forma. Pois hoje bastam-me as flores e a música, o vinho, a gostosura, a alegria e as lembranças. Aliás, e como quase sempre — basta-me Eu.
Espero uma das outras minhas amadas.
Se ela chegar, agradeço a Deus por ter chegado, e nos amaremos da forma mais gloriosa possível. Mas se não chegar, agradeço a Deus também por ela não ter vindo, e continuo a me amar da mesma forma. Pois hoje bastam-me as flores e a música, o vinho, a gostosura, a alegria e as lembranças. Aliás, e como quase sempre — basta-me Eu.