Eu vivo gritando Viva! — mas você faz de conta que não ouve. Sei que quase todos temos uma tendência neurótica em deixar as coisas como estão. Em salvar as aparências. Em manter as estruturas — mesmo que apodreçam. Parece que temos uma enorme preguiça de viver. Nem queremos agitar as circunstâncias. Propendemos a deixar tudo como está, embora vivamos fazendo promessas de mudar o mundo. Mas você radicaliza no conformismo. Você vive adiando. Você chuta o agora. Você adia o instante. Você posterga o hoje. Deixa tudo pra depois. Até parece que você pensa que ainda vai viver mais mil anos...
Mas não vai, não!
Mas não vai, não!