16.12.17

bilhete no espelho

Tem dias que eu varo a noite tomando vinho com ela e Zaratustra. O computador ligado, e a tela descansando à beira-mar. Mas de madrugada, o sol quase raiando, o velho Nietzsche desabraça o belo cavalo negro da Razão — e ficamos ali, só nós dois, eu e ela. Então escrevo um bilhete lindo, amoroso, azul-clarinho, que deixo ali, pregado no espelho da sala — e também me vou...

Talvez para sempre.