17.9.17

minha mae casou

Nós nos separamos no pico. Era preciso que nós nos separássemos no pico, porque...


...Musa com algema no dedo anular vira esposa. Com o tempo, desencanta. Por isso, não desperdice a musa: não queira casar com ela. Formalizar as aventuras é o mesmo que contratar o Desespero. O casamento pode ser o túmulo do Amor. É um risco enorme... Valerá talvez a pena ser corrido? Não sei. Mas não queira engaiolar a exuberância. Não engarrafe as emoções. Não sufoque a liberdade. A menos que você já tenha feito a opção por repetir as relações antigas, e tornar-se apenas um reprodutor da espécie… Claro que reproduzir a espécie também é uma tarefa digna, e pode ser até gratificante, em certos casos. Mas não tem nada a ver com Aventura e Liberdade.


O casamento é o cemitério das Paixões!
Minha mãe e meu pai se casaram na igreja...



Como se vê, a Vida é um mistério delicioso!



Mas é preciso lembrar que eu mesmo já casei umas seis ou sete vezes. E todas foram experiências maravilhosas. Talvez porque o projeto nunca foi geração de prole, nem de contribuir para nenhuma estatística. Sabíamo-nos passageiros e assim nos comportávamos. Sempre houve um respeito absoluto pela própria liberdade e pela liberdade do outro. E, em cada um deles, nos separamos no pico da relação. Talvez isso tenha feito toda a diferença. A paixão nunca chegou a esfriar!




Hoje é aniversário de Joyce Ann.
Das nove musas que me inspiram, ela é a principal.