9.5.16

luz da minha Mae

Todo dia eu agradeço à minha Mãe por me ter dado tanta Luz.

Sigo só o sinal que não aponta, e que partiu de dentro do meu próprio peito. Estou aqui, nesta deliciosa conjunção de fatores, escrevendo, ouvindo corruíras, pardais e bem-te-vis, uma algazarra de sons por sobre as ondas, tomando café com amor, e pensando nessa mulher que me gerou, Iracy. Saudades me cobrem os olhos. Ela sabe fazer pão recheado com queijo branco. Ela mesma escolhe o trigo, prepara a massa com a magia das próprias mãos. Ainda de madrugada, ela fica fazendo o pão e cantando baixinho, como se fosse um mantra. Agora mesmo um tiziuzinho pousou ali no canto e ficou me olhando, cantou três vezes e foi-se embora. Mas deu tempo de dizer-lhe que vá lá contar à minha Mãe, que estou aqui, pensando nela.