O que proponho pode parecer um absurdo, mas é assim que penso, realmente. A lembrança de um grande Amor é infinitamente melhor que o risco de vê-lo morto em meio ao tédio.
Portanto, separem-se no pico.
Amor imortal é aquele que deixamos no Pico.
Essa questão do Pico do Amor, e da melhor forma de deixá-lo — ou não — é bastante complexa. Mas acho que uma boa solução (racional) é aquela dos alpinistas: Chegando lá no alto, no pico do K2, fincam uma bandeirinha, curtem seus momentos de glória, entram em transe... e descem para abrir possibilidades de uma nova conquista.
Depois, vão ao Everest, etc.
Pode até ser que um dia voltem ao K2, quem sabe.
Mas, se ficarem lá para o resto da Vida — perde a graça...
Perde completamente a graça!
Eu acho.
Mas cada um é cada outro...