Eu amo o novo, mas somente aquele novo que não suprime a possibilidade de um novo novo que lhe suceda. Se um novo por acaso traz consigo o germe que tenta torná-lo perpétuo, e de algum modo impõe certas exclusividades não naturais, ainda que delicadas e ainda que passageiras, fujo dele, como Deus foge da cruz. Não posso — jamais! — amar um novo que vai impedir-me novos amores. Por que razão fecharia uma situação de futuro? Como poderia eu amar uma coisa que logo em seguida vai acabar atrapalhando meu amor por todas as outras?