27.6.15

familia

Minha louca e poética visão do mundo — entusiasmada e racional — decorre também do fato de eu ser solteiro e não ter filhos. Isto, é claro, me dá uma enorme mobilidade existencial, que me permite viver aventuras maravilhosas e abraçar a Liberdade o dia inteiro. Entretanto, devo dizer que, embora não seja o melhor lugar para se fazer amor — a família é o melhor lugar para se criarem os filhos. E o fundamental é que se tenha, na família, uma atmosfera de liberdade, de compreensão amorosa e de respeito absoluto pela individualidade do outro. Pela personalidade do outro. Se a tua for assim, parabéns!

Ainda é madrugada, e os passarinhos nem começaram a cantar. E eu fico aqui pensando que devo mexer no texto acima para acrescentar duas ou três coisas. Que no seio da família devem existir, por exemplo, algumas atividades intelectuais, como xadrez e discussões filosóficas, além de exercícios de criação artística, tais como música, dança, teatro e pintura. E os filhos devem ser educados em duas ou três línguas diferentes. Isto é indispensável. Porque usar a família apenas como local de comer, beber e dormir deixa o processo todo muito animalesco...