Nada me prende porque sou livre até de Mim. Não há posse no território que habito a partir do meu corpo, não há busca nem comércio em minha alma zen. Nada tenho que possa perder e nem há coisa alguma que eu queira ganhar. Hoje, nada me interessa além do que me toca o coração ensolarado, e nada mais divino do que essa inocência pura que trago no peito, humana e gloriosa. Produto do meu próprio trigo, gume da minha própria faca — sou apenas o verso da poesia que me encanta. Sou meu movimento, meu voo, meu Deus. Minha pátria, meu partido, meu clã. E vivo a delícia dessa incerteza dançante que se faz presente, aqui e agora.
Hoje, nada mais urgente para Mim do que ser Eu.
Hoje, nada mais urgente para Mim do que ser Eu.