5.8.14

A Santa Missa

Hoje (*) estive no Centro de SP, onde, entre outras coisas maravilhosas, assisti à Santa Missa das 13h no Mosteiro de São Bento. Não tinha canto gregoriano, que só tem aos domingos, parece. Mas foi legal. Cheguei até a tomar hóstia... Só não gostei de a missa ter começado com um pedido de perdão pelos pecados. Como não os tenho, pulei essa parte. Também lamento mais duas coisas: os bancos de madeira são desconfortáveis, e o padre não me deu nem meia taça de vinho — apesar do meu pedido contrito, quase solene. Mesmo assim, na saída eu abençoei Jesus Cristo, do fundo do meu coração. E isso tudo me deu uma ideia, que depois eu conto.

Era a segunda vez que eu tomava hóstia — em toda minha vida. Assim que o padre a colocou em minha língua, fiquei sem saber se a comprimia delicadamente contra o céu da boca, ou se a mastigava como se fosse um pão. Acabei alternando as duas coisas, imerso em pensamentos sobre a transubstanciação. Sentei-me novamente e comecei a questionar a necessidade de um "teatro" para se falar com Deus. Vou escrever mais sobre isso no Sermão da Cordilheira, mas, basicamente, é o seguinte. Não deveríamos falar com Deus apenas em lugares especiais, pois podemos falar com Ele em qualquer lugar: no restaurante, no escritório e até mesmo no boteco. Meu conceito de Eucaristia é bem amplo. Afinal, o sangue de Cristo está na cerveja e também na pinga; e o corpo de Cristo — na coxinha e no torresmo. Viva, a totalidade!



(*) Era dia 26.10.2012.