Tem dias que eu tropeço em algumas insignificâncias... Mas não é nada. É só Deus me testando pra ver se estou atento.
Minha vó Vitalina recomendava-me que eu fosse curioso, mas sempre atento. E a curiosidade, no conceito dela, tinha que ser intelectual, no sentido de pesquisa e de conhecimento, mas nunca no sentido de fofoca. O interesse tinha que ser pelo fato em si, pela ocorrência — e não pela notícia. E assim eu fiquei até hoje: curioso e atento. Por isso o tema "curiosidade, tropeço e memória" volta sempre à baila. Ontem eu publiquei no Facebook: O homem é o único animal irracional que tropeça duas vezes na mesma pedra. Tal frase, com todos os seus significantes e metáforas, foi criada por mim a propósito do que me disse meu pai certa vez, quando ele puxava o Estrela pela rédea, passeando comigo numa noite de luar na fazenda de Sengés. Estrela era o nome do cavalo, que ganhei no meu sétimo aniversário. Naquela noite, íamos por um caminho sinuoso no meio da mata e o Estrela tropeçou, batendo levemente a ponta do casco numa pedra. Foi então que meu pai me disse que os animais têm uma memória impressionante, e que nunca tropeçam duas vezes na mesma pedra... Não sei se é verdade, mas isso hoje não importa. Como já disse no meu livro Solidão a Mil, meu querido pai era "um bruto com coração".
Minha vó Vitalina recomendava-me que eu fosse curioso, mas sempre atento. E a curiosidade, no conceito dela, tinha que ser intelectual, no sentido de pesquisa e de conhecimento, mas nunca no sentido de fofoca. O interesse tinha que ser pelo fato em si, pela ocorrência — e não pela notícia. E assim eu fiquei até hoje: curioso e atento. Por isso o tema "curiosidade, tropeço e memória" volta sempre à baila. Ontem eu publiquei no Facebook: O homem é o único animal irracional que tropeça duas vezes na mesma pedra. Tal frase, com todos os seus significantes e metáforas, foi criada por mim a propósito do que me disse meu pai certa vez, quando ele puxava o Estrela pela rédea, passeando comigo numa noite de luar na fazenda de Sengés. Estrela era o nome do cavalo, que ganhei no meu sétimo aniversário. Naquela noite, íamos por um caminho sinuoso no meio da mata e o Estrela tropeçou, batendo levemente a ponta do casco numa pedra. Foi então que meu pai me disse que os animais têm uma memória impressionante, e que nunca tropeçam duas vezes na mesma pedra... Não sei se é verdade, mas isso hoje não importa. Como já disse no meu livro Solidão a Mil, meu querido pai era "um bruto com coração".