Eu me equilibro nesse ofício de ser solto, dançar sempre na corda bamba, saltar todas essas linhas sinuosas imprecisas e fazer minha alma poética desfilar gostosa pelos versos desta vida. Eu sempre me equilibro neste desgovernado instante em que o mundo se desfaz em circo e o eterno se compõe trapézio. Neste inexato momento louco — racional e amoroso — em que só sei que não sei nada.