Ideias nascem na minha cabeça como fossem cabelos. Às vezes lisas, outras vezes enroladas, em cachos, negras, loiras, caracóis. Tenho que penteá-las, faço luzes, dou-lhes brilho, corto as pontas. Algumas são aranhas, delirantes, apressadas; outras, sementes, delicadas, viram trigo, ouro em nuvens, brancas, loucas, prateadas. Diferentes entre si, são multicores, quase sempre. Todas verdes, entretanto. Mas não quero que amadureçam... Em verdade, quero é torná-las ainda mais verdes, mais puras, mais viçosas, mais crianças — mais inocentes. Mais fáceis de serem pensadas e sentidas. E portanto mais belas e velozes, para que se transmitam galopantes nesse louco cavalo alado chamado Amor.
Às vezes, eu chego a pensar que já não mais escreverei coisas novas. Mas, logo em seguida, inspirado por amantes deliciosas em noites de luar escandaloso, inspirado por vinho, flores e estrelas e abraçado à liberdade absoluta — outras mil idéias luminosas fervilham na minha cabeça flamejante. No coração, metáforas pululam docemente como rãs embriagadas de néctar; nos meus olhos, imagens dançam coreografias maravilhosas criadas por Deus. E de minhas línguas e seus versos nascem palavras grávidas de encantos que se dão à luz. Então, escrevo. Escrevo, danço, pinto e bordo...
Às vezes, eu chego a pensar que já não mais escreverei coisas novas. Mas, logo em seguida, inspirado por amantes deliciosas em noites de luar escandaloso, inspirado por vinho, flores e estrelas e abraçado à liberdade absoluta — outras mil idéias luminosas fervilham na minha cabeça flamejante. No coração, metáforas pululam docemente como rãs embriagadas de néctar; nos meus olhos, imagens dançam coreografias maravilhosas criadas por Deus. E de minhas línguas e seus versos nascem palavras grávidas de encantos que se dão à luz. Então, escrevo. Escrevo, danço, pinto e bordo...