Ela me dizia que o meu amor não lhe dava segurança. E eu lhe dizia que quem quer segurança não deve buscá-la no Amor. É melhor contratar uma empresa. Mas ela, ingenuamente, insistia: queria que eu prometesse amá-la para sempre. Ela queria vínculos, promessas, alianças, papéis e confissões. Queria transformar-me de poeta em marido. Queria colocar-me uma coleira. Queria mudar quem sou. Então, amorosamente, eu lhe dizia: Veja bem: segurança, certeza, estabilidade — essas coisas você consegue apenas em relações mornas, cinzentas, tradicionais, medíocres... Comigo não! O meu amor será sempre livre, aberto, instável, incerto, inseguro... Porém sincero, e maravilhosamente louco!