Minha honestidade pessoal sempre me leva a nunca fazer o que eu não queira. Porque não preciso fazer aquilo que não quero. Posso até perder algumas coisas por ser assim, agir assim, pensar assim. E seguramente perco mesmo muitas coisas — mas todas não significativas para mim. Perco coisas, mas não perco liberdade. Não perco aventuras, nem amor, nem gostosura, desejos, tentações. Ou seja, posso perder algumas coisas, mas ganho na dimensão da minha personalidade, da minha alma, da minha alegria. Pois não abro concessões àqueles que possam querer me prender. Não jogo minha própria vida em troco de salário, prestígio, poder, posses, coisas, tranqueiras. Não permito que me roubem esse único presente que hoje tenho. Não aceito promessas de um futuro que nem sei se vai haver... Não assumo compromissos que me sufoquem, ou que me levem à exaustão para cumpri-los. E também não crio dependências que me prendam, em hipótese alguma. Não me casei, não tenho filhos, não tenho noivas, não tenho muitas namoradas, não faço juras de amor eterno, nem tenho planos mirabolantes que possam sugar minha existência gostosa de agora.
Faço só o que me dá prazer — e apenas pelo prazer. Sem maldade. Sem dor, sem pressa, sem cansaço, sem inveja, sem ciúmes, sem mágoas, sem esforço desumano. Sem explorar quem quer que seja. E isso não é um mero jogo de palavras: eu sou assim. Sou o dono do meu tempo.
E isto — por enquanto — me basta.
Faço só o que me dá prazer — e apenas pelo prazer. Sem maldade. Sem dor, sem pressa, sem cansaço, sem inveja, sem ciúmes, sem mágoas, sem esforço desumano. Sem explorar quem quer que seja. E isso não é um mero jogo de palavras: eu sou assim. Sou o dono do meu tempo.
E isto — por enquanto — me basta.