Como escritor, tenho que primeiro ser odiado... Depois, posso até vir a ser amado — um dia, talvez, quem sabe. Mas agora, agora eu devo ser odiado por aquilo que digo. Pelas palavras instigantes que atiro no peito coração de alguns leitores, petardos de lógica a ferir-lhes os amados e obscuros preconceitos. Tenho mesmo é que ser odiado pelas verdades que lhes atiro nas fuças, como flechas de razão, incandescentes. O que eu digo é por demais sério — e por demais profundo — para que me amem por dizê-lo. Tenho que ser odiado por defender a ideia absurda de que a liberdade é possível.
Que me odeiem, então, meus amores. Delicadamente.
Retificação: Embora eu saiba que muitas pessoas não toleram a existência da liberdade, vou modificar o texto acima. Por uma simples razão: meus leitores são todos, por princípio, amantes da liberdade. Fervorosos amantes da liberdade. Ou, logicamente, nem seriam meus leitores. Além do mais, com duas exceções conhecidas — ambas na minha família — ninguém detesta o que eu escrevo. Logo, assim como está, o referido texto perde um pouco seu sentido principal.
Que me odeiem, então, meus amores. Delicadamente.
Retificação: Embora eu saiba que muitas pessoas não toleram a existência da liberdade, vou modificar o texto acima. Por uma simples razão: meus leitores são todos, por princípio, amantes da liberdade. Fervorosos amantes da liberdade. Ou, logicamente, nem seriam meus leitores. Além do mais, com duas exceções conhecidas — ambas na minha família — ninguém detesta o que eu escrevo. Logo, assim como está, o referido texto perde um pouco seu sentido principal.