Acabo de fazer uma promessa: Vou sobreviver a todos os meus amores. Naufragar por causa deles — jamais! Posso até me afundar um dia, quem sabe, mas ao voltar à tona trago nos dentes o punhal do pirata. Afundo-me em nome da liberdade, mas trago depois, enrolada na língua, a pérola pura, pois fui capaz de morder com doçura a ostra hesitante. O aventureiro que habita meu corpo pode até simular um naufrágio em teu nome, meu amor.
— Mas jamais quererei te salvar...
— Mas jamais quererei te salvar...